Domingo, 23 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2015
Após reunião com os novos ministros do núcleo mais próximo do seu governo, em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff viajou na tarde de ontem para Porto Alegre, para passar o fim de semana com a família. A previsão inicial do Palácio do Planalto era que a mandatária retornasse ainda no domingo para a capital federal, mas há a expectativa de que ela também aproveite para descansar amanhã, no Feriado de Nossa Senhora Aparecida e ficar um pouco mais com a filha e o neto de 5 anos.
O próximo compromisso oficial da presidenta está marcado para terça-feira, quando se reunirá com o vice-presidente Michel Temer, o secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Ernesto Samper, e o governador de Buenos Aires (Argentina), Daniel Scioli.
Reunião ministerial
Depois de chegar da Colômbia na madrugada – onde assinou oito acordos de cooperação em áreas como comércio, tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento agrário – a presidenta convocou reunião às pressas com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, Jaques Wagner, com o objetivo de discutir a atual conjuntura política do País. Foi a primeira vez que a presidenta se reuniu com os seus interlocutores mais próximos após a recente reforma administrativa no governo.
Durante a reunião, Dilma discutiu sobre o comportamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a situação no Legislativo de acelerar os pedidos de impeachment contra ela. Ela avaliou que a semana será tensa e cobrou mobilização dos ministros para comandar a base aliada. O encontro ocorreu depois de o governo enfrentar uma série de dificuldades políticas na semana passada.
Na quarta-feira, por unanimidade, o TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou ao Congresso a rejeição das contas do governo em 2014. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também decidiu reabrir uma ação que investiga a campanha da petista e que pode levar à cassação do seu mandato. No Congresso, o governo sequer conseguiu garantir quorum para que fossem apreciados os vetos presidenciais.