Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2015
Apesar dos recentes desdobramentos das investigações sobre contas bancárias irregulares em seu nome na Suíça, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a rejeitar, categoricamente, a ideia de deixar o cargo.
“Pode pressionar, mas eu não renuncio”, disse o principal opositor da presidenta Dilma Rousseff, durante entrevista a uma emissora de televisão. “Podem retirar o apoio a mim e fazer o que quiserem, pois eu tenho amplo direito à defesa.” Ele admitiu que poderá ser alvo de um processo de cassação “de qualquer jeito”, mas acrescentou que ações desse tipo “levam tempo”.
Documentos remetidos à PGR (Procuradoria-Geral da República) pelas autoridades da Suíça, na semana passada, apontam que um negócio de mais de 34 milhões de dólares, fechado pela Petrobras na África, em 2011, serviu para abastecer ao menos quatro contas bancárias no país europeu, com depósitos que totalizam o equivalente a cerca de 23 milhões de reais, nos últimos quatro anos. Os beneficiários seriam o parlamentar e a sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz.
Em nota divulgada na sexta-feira, os advogados de Cunha afirmaram que ele ainda não foi notificado e nem teve acesso a qualquer procedimento investigativo que tenha por objeto atos ou condutas de sua responsabilidade. Eles também questionam o vazamento de dados das investigações, que deveriam estar, segundo eles, protegidos por sigilo. (Marcello Campos com agências)