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Política Em depoimento à CPI da Covid, empresário diz que é alvo de campanhas difamatórias

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Otávio Fakhoury é vice-presidente do Instituto Força Brasil e presidente do PTB paulista

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Otávio Fakhoury é vice-presidente do Instituto Força Brasil e presidente do PTB paulista. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O empresário Otávio Fakhoury negou nesta quinta-feira (30), em depoimento à CPI da Covid, que tenha financiado ou produzido notícias falsas relativas à pandemia.

Fakhoury, que é vice-presidente do Instituto Força Brasil e presidente do PTB de São Paulo, disse aos senadores ser vítima de “calúnias, ataques e campanhas difamatórias”.Investigado no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura a propagação de fake news e a organização de atos antidemocráticos – conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes –, o empresário afirmou que é apenas “um cidadão com opinião”.

“Fui acusado injustamente e caluniado como propagador de fake news, sem jamais ter produzido uma única notícia falsa. Também, injustamente, acusado de ser financiador de discurso de ódio, sem jamais ter pago por qualquer matéria ou notícia. Tudo porque ousei acreditar na liberdade de expressão e defender que os conservadores e os cristãos merecem um espaço no debate público”, declarou.

Apesar de não ter se negado a responder aos questionamentos, Fakhoury estava amparado por uma decisão do STF que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar. O habeas corpus, concedido pelo ministro Dias Toffoli, também impede que o depoente seja preso por ordem da comissão.

À CPI, Fakhoury disse que, por orientação médica, não tomou vacina contra o coronavírus. Perguntado sobre ter defendido o uso de medicações sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19, o empresário revelou que 14 pessoas de seu círculo próximo contraíram a doença e teriam sido curadas com medicamentos do chamado Kit Covid, receitados por um médico.

O depoente também disse aos senadores que não acredita na eficácia das máscaras para prevenir a infecção, apesar da recomendação feita por órgãos nacionais e internacionais de saúde.

Segundo a CPI, o Instituto Força Brasil, do qual o empresário é vice-presidente, tentou intermediar a negociação de vacinas contra a Covid-19 entre a empresa Davatti e o Ministério da Saúde. O presidente do instituto, tenente-coronel Hélcio Bruno, já foi ouvido pela CPI.

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