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Saúde Pílula contra o coronavírus é testada com sucesso

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O produto, conhecido como molnupiravir, é um dos vários antivirais em desenvolvimento para tratar e mesmo impedir o desenvolvimento da doença.

Foto: EBC
Média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 16.413, variação de +29%. (Foto: EBC)

A farmacêutica Merck apresentou um estudo mostrando que seu remédio contra a Covid-19 é provavelmente eficaz contra as variantes do vírus, incluindo a delta. Os resultados da pesquisa foram divulgados em uma conferência médica na quarta-feira (29). O produto, conhecido como molnupiravir, é um dos vários antivirais orais em desenvolvimento para tratar e até mesmo impedir a covid-19.

Como o remédio não tem como alvo a proteína spike do vírus, que define as diferenças entre as variantes, o medicamento deve ser igualmente eficaz à medida que o vírus continua a evoluir, disse Jay Grobler, chefe do departamento de doenças infecciosas e vacinas na Merck.

O molnupiravir atinge a polimerase viral, uma enzima necessária para que o vírus faça cópias de si mesmo. O remédio foi projetado para introduzir erros no código genético do vírus, evitando sua replicação. Segundo a farmacêutica, a droga é mais eficaz quando administrada no início da infecção.

A Merck está atualmente conduzindo dois testes de Fase III do antiviral que está desenvolvendo com Ridgeback Biotherapeutics – um para o tratamento de Covid-19 e outro como preventivo. O estudo deve ser concluído no início de novembro.

Outros medicamentos

Além da Merck, outras empresas estão desenvolvendo medicamentos contra a Covid-19. A Pfizer, por exemplo, está testando um remédio desde o início deste ano para tratar pacientes com Covid-19 e, agora, quer avaliar o uso profilático do mesmo medicamento. A ideia é que o remédio atue de forma a prevenir a Covid-19 em indivíduos que foram expostos ao vírus.

O remédio PF-07321332 será testado em até 2.660 adultos saudáveis com 18 anos ou mais. Serão incluídas as pessoas que moram com alguém que está infectado pelo coronavírus e apresenta sintomas da doença.

O medicamento foi feito para bloquear a atividade de uma enzima chave usada pelo coronavírus para se multiplicar. No estudo, o remédio será administrado com uma dose baixa de ritonavir, uma droga antiga e largamente usada em tratamentos para a infecção por HIV.

Os cientistas ainda não conseguiram desenvolver um remédio eficaz, de fácil administração e preço acessível para prevenir ou combater a covid-19. No início do ano, especialistas disseram ao Estadão que há uma dificuldade histórica em criar remédios que combatam doenças virais.

A principal estratégia adotada no início da pandemia foi o reposicionamento de fármacos. Pesquisadores analisaram a possibilidade de tratar pacientes infectados pelo coronavírus com remédios já existentes. Isso deixa o processo mais rápido e barato porque elimina algumas partes do estudo. No entanto, não houve sucesso.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso de alguns medicamentos para tratar a Covid-19, mas eles ainda são muito caros e de difícil administração. Estão aprovados para uso o remdesivir, o banlanivimabe e etesevimabe (usados em conjunto), o casirivimabe e imdevimabe (usados em conjunto), o regdanvimabe e o sotrovimabe. Todos os medicamentos só podem ser usados em ambiente hospitalar.

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https://www.osul.com.br/nova-pilula-contra-covid-tem-bons-resultados-em-testes-diz-merck/ Pílula contra o coronavírus é testada com sucesso 2021-09-30
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