Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2021
Mesmo com a redução do distanciamento para um metro entre os estudantes, 28,1% das escolas ainda precisam fazer rodízio com as turmas.
Foto: Arquivo/Studio Formatura/GaloisCom a nova regra publicada pelo governo do Estado em agosto, que alterou para um metro a distância mínima entre os estudantes, 71,9% das escolas privadas passaram a receber todos os alunos em sala de aula. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Sinepe/RS (sindicato do ensino privado), no início de setembro, com 96 instituições de ensino.
Antes da alteração, quando o distanciamento era de um metro e meio, somente 28% das instituições conseguiam receber todas as turmas no ensino presencial. Mas, mesmo com a mudança, o rodízio (parte da turma vai à escola em um dia e a outra no outro. Os alunos que ficam em casa participam da aula através do ensino remoto) ainda é necessário em 28,1% dos estabelecimentos. A frequência maior desse formato ocorre nos anos finais do Ensino Fundamental.
Na avaliação do presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, os dados são positivos pois apontam para um retorno integral em breve. “Já temos um cenário bem melhor do que meses atrás, quando somente um terço das nossas escolas podia receber toda a turma para o ensino presencial. Quem sabe, ainda este ano, com o avanço da vacinação para os estudantes e a imunização completa da população adulta, tenhamos um retorno de 100% dos alunos”, acredita o dirigente.
A pesquisa também mostrou que 98% dos professores e funcionários já estão com o esquema vacinal completo (duas doses).
Inadimplência e cancelamento de matrículas no setor
Outro dado levantado na pesquisa foi a inadimplência em 2021 na Educação Básica. A média registrada no primeiro semestre foi de 10,8%. Em relação ao ano passado, no mês de julho, o percentual era de 18,7%, o que representa uma redução de 42%. No ano de 2019 o setor registrava uma inadimplência de 8,6%.
Já o percentual de cancelamento de matrículas nas escolas até setembro deste ano está em 7%. Segundo as instituições ouvidas, houve uma redução de 13,1% com relação ao mesmo período do ano passado. “O ano de 2020 foi atípico para todos. Com o agravamento da crise econômica, muitas famílias tiveram dificuldades de manter o pagamento das mensalidades em dia e, algumas, precisaram até tirar o filho da escola. Mas, neste ano, com a retomada da economia e a volta das atividades presenciais, ainda que num ritmo lento, já sentimos uma melhora no setor e isso se reflete nos números registrados na pesquisa”, salienta o dirigente.
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