Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2021
O Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, está iluminado com a cor que motiva a campanha que promove a saúde das mulheres
Foto: Itamar Aguiar/Palácio PiratiniDevido à redução na procura por atendimentos, exames preventivos e vacinas durante a pandemia de coronavírus, a SES (Secretaria da Saúde) publicou uma cartilha digital para orientar os municípios no planejamento das atividades de retomada dos cuidados.
As ações são focadas no Outubro Rosa e na campanha de multivacinação, que teve início na última sexta-feira (01), disponibilizando mais de 20 tipos de vacinas para proteger a população do risco de doenças que podem entrar em circulação em função das baixas coberturas vacinais.
No mês de promoção da saúde das mulheres, deverão ser intensificados procedimentos como mamografias e exames citopatológicos. Em 2020, foi registrada uma redução de aproximadamente 42 mil mamografias, em comparação a 2019, representando uma queda de 32%. O rastreamento do câncer de colo despencou em 2020, com a diminuição de 211.508 exames em relação ao ano anterior, o que significou uma redução de 37,63%.
“É muito importante que os gestores municipais implementem estratégias para ampliar o acesso das mulheres aos serviços de saúde. Ressaltamos que a retomada da atenção integral à saúde das mulheres terá início em outubro, devendo permanecer ao longo do ano”, afirma a coordenadora da Divisão das Políticas dos Ciclos Vida, que inclui a Política de Saúde das Mulheres, Gisleine Silva. “Neste ano, além do foco nas ações de prevenção do ao câncer de mama, é importante uma retomada global das ações de promoção da saúde das mulheres.”
Orientações
A cartilha publicada pela SES orienta que o rastreamento por exame citopatológico deve ser realizado em não gestantes e gestantes, na faixa etária entre 25 e 64 anos, a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano.
As mamografias de rastreamento, por sua vez, devem ser realizadas por mulheres de 50 a 69 anos, uma mamografia a cada dois anos. A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade quando há indicação médica.
O documento aponta que, além da prevenção ao câncer de mama, as ações devem ser voltadas à promoção global da saúde das mulheres, garantindo o acesso ao planejamento sexual e reprodutivo, com oferta dos contraceptivos disponíveis e realização de testes rápidos.
A orientação do Estado é que os serviços devem identificar e oferecer mamografia de rastreamento e exame de citopatológico do colo de útero a mulheres, homens trans e pessoas não binárias designadas mulheres ao nascer, na faixa etária preconizada. A demanda deve ser organizada conforme a prevalência local, a demanda reprimida, as indicações clínicas prioritárias e a rede de cuidado existente.
Voltar Todas de Rio Grande do Sul