Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2021
Iniciativa beneficia moradores do Areal da Baronesa e da Vila Planetário
Foto: Luiza Tozzi/DivulgaçãoNo limite entre os bairros Cidade Baixa e Menino Deus, o Areal da Baronesa, antigo território negro em Porto Alegre que ficou conhecido devido à presença das casas de religião de matriz africana, ao seu carnaval de rua e às tradicionais rodas de samba, é o cenário onde atualmente acontece o Projeto Cultural Arte na Periferia, por meio do Edital de Criação/Formação da Marcopolo, da Lei Aldir Blanc.
O objetivo da iniciativa é ser uma ferramenta de transformação, empoderamento e inclusão social unindo dois territórios: o Quilombo do Areal e a Vila Planetário. O projeto tem como base a formação cultural em diversos segmentos por meio de aulas de percussão, sopro, dança, teoria musical, história e contribuição da população negra na música, produção cultural e musical, redes sociais e marketing – voltada para os agentes culturais das duas comunidades.
A iniciativa, que vem acontecendo desde março, oferece as atividades de formação e criação musical através do Instituto Areal do Futuro e do projeto Misturaí, ambos atuantes nas duas localidades. Direcionadas aos agentes culturais periféricos, artistas, jovens e crianças oriundas das duas comunidades, as aulas se dividem entre conteúdos contínuos através da capacitação, como oficina de bateria e oficina de dança, no Quilombo do Areal, e oficina de sopro, na Vila Planetário; e conteúdos pontuais, como oficina de história de música preta, oficina de tambor de sopapo, oficina de maculelê e oficina de redes sociais, incluindo ainda uma consultoria profissional para que os próprios participantes possam assumir a divulgação das atividades nas redes sociais do projeto.
Todas as oficinas têm como base a criação artística e a capacitação de profissionais, contando com uma equipe que, de alguma forma, tem envolvimento com a história das comunidades.
Idealizado pelos agentes culturais e mestres de bateria Paulo Silveira, o Paulinho, e Daniel da Silva Rouvel, o Dani, o projeto foi elaborado pela produtora cultural Alice Kasper, que tem uma relação muito próxima com as comunidades.