Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
Os principais partidos de oposição cobraram publicamente que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deixe o cargo. A reação se deu um dia após a revelação de que o petrolão irrigou contas do parlamentar e de sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, na Suíça.
Em nota, PSDB, DEM, PSB, Solidariedade e PPS citam a denúncia e defendem a saída para que ele possa exercer “seu direito constitucional à ampla defesa”. O jornal Folha de S.Paulo apurou que a operação foi previamente discutida entre Cunha e oposicionistas.
A articulação em curso pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) está no cerne da blindagem do peemedebista pela oposição. O trâmite usual do pedido que pode levar à queda da chefe do Executivo depende do aval do presidente da Câmara.
Delatores da Operação Lava-Jato já haviam relatado a ligação do parlamentar com o esquema de propina da Petrobras. A situação se agravou após o Ministério Público da Suíça enviar à Procuradoria-Geral da República dados sobre contas secretas dele e da mulher.
Cunha descartou, em nota, renunciar ou se afastar do cargo. Ele negou envolvimento com o petrolão e a existência das contas, e classificou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “acusador do governo geral da República”.
Se o parlamentar perder o mandato e, consequentemente, o foro privilegiado, eventual investigação de novas denúncias será realizada pela Justiça comum, e não mais pelo STF (Supremo Tribunal Federal). (Folhapress)