Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2015
A partir desta terça-feira, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisará uma ação judicial que pede a anulação do mandato de deputado do atual ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), empossado no cargo há uma semana. O procedimento investigatório, aberto pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) do Piauí, envolve denúncia de compra de votos.
A irregularidade teria ocorrido no Piauí, onde o médico e ex-prefeito de Conceição do Canindé, Aderson “Doutor Júnior” Aires, é acusado de realizar consultas, distribuir dinheiro e oferecer transportes a eleitores no dia 5 de outubro de 2014, data de votação.
Na ocasião, uma batida policial na casa do ex-prefeito encontrou diversas pessoas que alegaram estar no local para serem atendidas. Também foram apreendidos uma van para transporte de eleitores e mais de 10 mil reais em cédulas e cheques. Havia, ainda, materiais de campanha da chapa apoiada pelo médico, incluindo panfletos com os números preenchidos do então candidato Marcelo Castro (que se elegeria deputado federal) e também de Severo Maria Neto (estadual), Wilson Martins (Senado) e Clebert Marques Aires (prefeitura).
“Todas as peças informativas relacionadas ao caso revelam repasses de recursos financeiros a líderes partidárias de várias localidades do interior do do Piauí, para fins de cooptação e outros ilícitos, sem registro na prestação de contas da campanha, o que configura a prática de caixa-dois”, detalhou a Justiça piauiense. No final de setembro, a ação no TRE chegou a ser declarada extinta por um juiz, mas um procurador eleitoral obteve recurso contra a decisão.
Resposta
Em nota, o Ministério da Saúde negou a acusação contra o seu titular. “As supostas irregularidades já foram julgadas pelo TRE do Piauí, que decidiu extinguir o processo por falta de comprovações objetivas”, justificou a mensagem. “Marcelo Castro sequer esteve em Conceição do Canindé durante o período eleitoral. As campanhas eleitoral do deputado sempre se caracterizaram pela transparência e pelo completo respeito à legislação. (AE)