Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
O nível das águas do Rio Guaíba em Porto Alegre fez com que 13 das 14 comportas fossem fechadas preventivamente nesse domingo, a fim de evitar um alagamento na área central da cidade caso o volume continue em ascensão. Ipanema, na Zona Sul da capital gaúcha, o Parque Marinha e a orla do Guaíba, na Usina do Gasômetro, ficaram alagados. O excedente levou à inundação da área das ilhas.
Em reunião realizada à tarde com o vice-prefeito Sebastião Melo e demais autoridades envolvidas nesta força-tarefa, o prefeito José Fortunati definiu medidas para minimizar transtornos. “Tivemos que tomar providências mais duras em termos de segurança, como o fechamento das comportas que ficam entre o Gasômetro e a ponte do Guaíba. Deixamos aberta apenas a comporta central para que os veículos possam entrar e as equipes fazerem o monitoramento. Mas, se for necessário, também será fechada”, afirmou o prefeito.
Histórico
No encontro, Fortunati mostrou fotos da enchente de 1967, quando a água atingiu 3,13 metros acima do normal e chegou aos bairros Menino Deus e Cidade Baixa. “Praticamente todas as ilhas estão submersas. A situação é grave e se assemelha muito à enchente de 1967, uma das mais críticas da história.” Estão em funcionamento 17 das 18 casas de bombas.
A maior enchente do Guaíba em Porto Alegre se deu em 1941, quando as águas chegaram 4,75 metros além da cota normal. Entre abril e maio daquele ano, a chuva atingiu a marca de 791 milímetros, equivalente à metade da média anual da cidade.
O centro da capital gaúcha ficou completamente alagado e os barcos se tornaram o principal meio de transporte na época. Setenta mil pessoas foram afetadas, segundo a MetSul Meteorologia.