Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2021
Segundo o Corpo de Bombeiros, grupo fazia treinamento e ficou preso na caverna na madrugada deste domingo
Foto: DivulgaçãoUm desmoronamento em uma gruta na zona rural de Altinópolis (SP) deixou dez bombeiros civis soterrados na madrugada deste domingo (31), segundo o Corpo de Bombeiros. Nove vítimas morreram e uma foi resgatada com vida e levada a um hospital.
O acidente aconteceu em um local conhecido como Gruta Duas Bocas, que fica em uma propriedade particular. A princípio, o Corpo de Bombeiros informou que 15 pessoas tinham sido soterradas, mas a informação foi atualizada mais tarde.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 26 bombeiros civis faziam um treinamento no interior da gruta quando o teto da caverna desmoronou, deixando parte do grupo retido. O desabamento ocorreu alguns metros após a entrada da gruta. A chuva que atinge a região desde sábado (30) dificultou ainda mais o trabalho de resgate.
O acesso à gruta é feito por uma trilha de um quilômetro no meio da mata. Por causa disso, o transporte das vítimas e de parte das equipes foi feito com auxílio do helicóptero Águia, da Polícia Militar.
Segundo a professora Cristina Trifoni, mãe do instrutor Rodrigo Trifoni, o grupo passaria a noite no local como parte do treinamento. O filho dela, de 32 anos, é uma das vítimas.
Por volta das 9h45, o Corpo de Bombeiros informou que a primeira vítima foi retirada com vida. Outras seis pessoas que conseguiram sair a tempo sofreram ferimentos leves, foram levadas ao hospital e já receberam alta.
Especialistas em resgate, técnicos da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e um geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foram levados de helicóptero a Altinópolis para reforçar o trabalho.
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros informaram que não foram comunicados anteriormente sobre a realização do treinamento.
O dono da empresa Real Life, Sebastião Abreu, disse que treinamentos como esse são comuns na escola. Ele não soube informar, no entanto, se havia autorização para a atividade.
Por causa da chuva, Abreu informou que o curso poderia ter sido adiado, mas que os instrutores no local decidiram por dar continuidade à prática.