Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 6 de novembro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ex-procurador Deltan Dallagnol, que decidiu deixar o Ministério Público Federal (MPF) para tentar a carreira política, terá de enfrentar políticos que sonham com uma “vingança”: enquadrar na Lei da Ficha Limpa a estrela da Lava Jato que os investigou. Alegam que o pedido exoneração de Dallagnol pode ser interpretado como “fuga” de punição em supostos processos administrativos disciplinares. Também citam condenação, de setembro de 2020, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Menos, menos
Órgão de controle externo do ministério público, o CNMP puniu Dallagnol com pena de censura, há um ano. Mas não é órgão judicial colegiado.
#TamoJunto
A opção de Dallagnol pela política partidária coincide com decisão idêntica do ex-ministro Sergio Moro, a ser oficializada nos próximos dias.
Ainda é segredo
Ainda é incerto o projeto de Sergio Moro, mas no Podemos, que o acolheu, a expectativa era de candidatura presidencial.
Deputado Dallagnol
Uma hipótese é Moro disputar vaga no Senado, pelo Paraná ou por São Paulo, em dobradinha com Dallagnol, que desejaria vaga na Câmara.
Só os pobres não têm lobby, na guerra contra PEC
A guerra contra a PEC dos Precatórios uniu o poderoso lobby dos banqueiros, donos de 70% dos precatórios de R$ 90 bilhões a serem parcelados, e o consórcio de mídia de oposição e políticos idem, inclusive de “esquerda”, que tentam impedir Bolsonaro de receber os dividendos eleitorais dos R$ 400 do Auxílio Brasil. Tem lobbies milionários para todos os gostos. Só não têm lobby aquelas 20 milhões de famílias paupérrimas, que não têm como comer, destinatárias dos R$ 400.
Chega a ser engraçado
A aliança histórica com banqueiros levou políticos de esquerda atacarem o “calote dos precatórios” e defenderem teses neoliberais na economia.
Um chuta, outro espanca
Como os políticos fazem de certo comedimento, até para não escorregar na quebra de decoro, os insultos agora são tarefa do consórcio de mídia.
Justo se multiplicou
Políticos contra a PEC por razões primárias fazem lembrar o Deputado Justo Veríssimo, personagem de Chico Anysio que tinha ‘horror a pobre’.
No máximo, Cuba
Admirador da cultura francesa, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nunca cita o sobrenome do antecessor-tampão Márcio França (PSB), nas conversas políticas. Trata o rival apenas por “Márcio Cuba”.
Xô, Mandetta
O ex-ministro Luiz Mandetta (DEM), “estrela” dos primeiros meses da pandemia no Brasil, não tem votos na faixa etária dos 16 a 24 anos, nem acima dos 60: 0%, segundo levantamento Paraná Pesquisa em Maceió.
PSB encolhe
O PSB, que há cinco anos tinha sete senadores, e em 2018 elegeu mais dois, já não tem mais representantes no Senado. Dos últimos, Leila Barros foi para o Cidadania e Veneziano Vital do Rêgo, ao MDB.
Não sabem o que falam
A torcida fúnebre no Brasil não se resume à pandemia. Os resultados do setor automobilístico de outubro melhoraram em relação a setembro e no ano continuam no azul. Manchete? “É o pior mês da história”.
Sete na frente
Associação de empresas de telecom, a Conexis diz que só sete das 27 capitais já estão prontas para receber o 5G: Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Palmas, Curitiba, Porto Velho e Boa Vista.
Celeiro do mundo
Bolsonaro tem lembrado que o Brasil alimenta mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo e o aumento da demanda foi atendido. Pesquisa Logcomex revelou alta de 186,6% na exportação de soja em setembro.
‘Shot for $ 100’
País rico é outro papo. O estado norte-americano da Louisiana tenta persuadir as pessoas a se imunizarem, gratificando com 100 dólares (R$551), até este mês, os quem aceitam tomar vacina contra covid-19.
Salvação do ano
Pesquisa Vhsys com micro e pequenos empresários revelou que 85,9% acreditam que vacinação e flexibilização vão contribuir nas vendas da Black Friday. Para 45,8%, a “temporada de compras” pode salvar o ano.
Pensando bem…
… hoje em dia é mais fácil defender precatório no bolso de banqueiro que comida no prato do brasileiro
PODER SEM PUDOR
Grampo torcedor
Quando se aprimorava na União Soviética, o genial pianista Arthur Moreira Lima era monitorado pela ditadura, que grampeava seus telefonemas à família, no Rio de Janeiro. Certa vez, ele esperou horas por uma ligação para saber o resultado de um jogo decisivo do seu time querido, o Fluminense. Sua mãe atendeu a ligação, cheia de saudades do filho distante, mas nada sabia sobre futebol. Arthur e impacientou, praguejando lá de Moscou, quando o representante do estado policial, que escutava a ligação, mostrou que também era Fluminense doente. Ele se meteu na conversa com aos gritos: “Flusão venceu! Foi 2 a 1!” E desligou.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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