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Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta segunda-feira (15) o “Dia do Brasil” na Expo 2020, a exposição universal, que nesta edição ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes. Ele estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Realizadas há 170 anos, as exposições universais ocorrem em sedes diferentes a cada edição, escolhidas por meio da candidatura, a exemplo da Copa do Mundo e da Olimpíada.
Adiada em um ano por causa da covid, a Expo 2020 é considerada um dos maiores eventos globais desde o início da pandemia e contou com investimento bilionário do governo de Dubai. Iniciada em outubro, a exposição tem a previsão de receber cerca de 25 milhões de visitantes até o final de março de 2022.
A feira reúne 192 países, que ergueram pavilhões para apresentar inovações tecnológicas e valorizar aspectos de seus culturas e biodiversidade. Ao longo dos seis meses de evento, diversos países celebram suas datas nacionais. No caso do Brasil, foi escolhido o 15 de novembro, dia em que há 132 anos foi proclamada a República.
A solenidade para celebrar do “Dia do Brasil” foi realizada praça Al Wasl, coração do parque da Expo, onde foi erguido um domo com 130 metros diâmetro e mais de 67 metros de altura.
O evento no domo, que teve a comitiva do governo brasileiro na plateia, foi aberto pelo comissário-geral da Expo 2020, o ministro da Coexistência e Tolerância dos Emirados Árabes, Nahayan Mabarak Al Nahayan.
Ele ressaltou que o pavilhão do Brasil na feira buscar representar a biodiversidade do país, a Amazônia e o desenvolvimento sustentável. Ele também citou façanhas do país no esporte, como a conquista das cinco Copas do Mundo e o desenvolvimento do “jiu-jitsu brasileiro”, modalidade apreciada em Dubai, segundo o ministro.
Na sequência, Bolsonaro fez um breve discurso. O presidente celebrou as ligações do Brasil com o povo árabe e citou os imigrantes e descendentes da região que hoje formam parte da população brasileira.
Bolsonaro disse também que espera que as pessoas de Dubai visitem a Amazônia e confiram “informações concretas do que é aquela região, o que representa para nós e para todo mundo”.
Mais cedo, em um evento para investidores, Bolsonaro deu informações falsas ao dizer que a Amazônia, “por ser uma floresta úmida, não pega fogo.” E disse ainda que os ataques que o Brasil sofre da comunidade internacional por não conseguir preservar a floresta são “injustos”.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam, de forma repetida, os focos de incêndio acima da média na floresta nos últimos meses. Em junho, houve o maior número de focos para o mês em 14 anos; em julho, foram quase 5 mil focos; em agosto, 28 mil.
No encerramento da solenidade, o grupo “Choro Livre”, de Brasília, tocou “Aquarela do Brasil”, composição de Ary Barroso e uma das músicas brasileiras mais conhecidas no exterior.
Encontro
Antes de visitar a Expo, Bolsonaro foi a Abu Dhabi, onde foi recebido pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Zayed Al Nahyan.
No encontro, o presidente deu uma camisa da Seleção Brasileira de futebol ao príncipe com o número 10 e o nome do líder árabe nas costas.
Ao término da reunião, Bolsonaro entregou ds Grandes-Colares da Ordem do Cruzeiro do Sul ao príncipe e ao emir de Abu Dhabi e presidente dos Emirados Árabes, Khalifa bin Zayed Al Nahyan. A ordem é a principal honraria concedida a estrangeiros.
Nesta terça-feira (16), ele seguirá para o Bahrein e, na quarta (17), ao Catar, última parada da segunda viagem a países árabes como presidente.