Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de novembro de 2021
Maioria das escolas pretende aplicar reajuste de pelo menos 7%, mostra levantamento
Foto: EBCCom o fim de ano chegando, as escolas particulares já começam a anunciar os reajustes para 2022. A má notícia é que, diferentemente do ano passado, quando boa parte dos colégios seguraram os preços temendo a evasão de alunos em meio à pandemia, o valor das mensalidades tende agora a acompanhar a disparada da inflação no país, que no acumulado em 12 meses voltou a registrar taxa de dois dígitos.
Levantamento realizado pela consultoria Meira Fernandes, especializada em gestão de instituições de ensino, mostra que 90,9% das escolas particulares pretendem aumentar o valor da mensalidade em 2022 e que, na maioria dos colégios, o reajuste será de pelo menos 7%.
A pesquisa foi realizada em novembro em cinco Estados, ouvindo administradores de escolas que reúnem sob sua gestão um total de 25 mil crianças e adolescentes matriculados.
Entre as instituições que irão subir os preços, a maior fatia (53%) fará um reajuste entre 7% e 10%. Uma parcela de 7,6% informou que aplicará uma alta entre 10% a 11%, enquanto 9,1% irão aumentar as mensalidades em 12% ou mais.
“Obviamente, a inflação é um fator determinante. Em 2021, teve escola que bancou a alta nos custos para não perder alunos. E agora a fatura chegou. Não tem mais como as escolas segurarem os preços”, afirma Mabely Meira Fernandes, responsável pelo levantamento.
Vale lembrar que não existe teto para o reajuste e que cada escola tem autonomia para definir as mensalidades. A Lei nº 9.870 estabelece apenas que o novo valor deve estar de acordo com as despesas da escola e só poderá ser realizado uma vez a cada 12 meses.
Não há uma estimativa de órgãos públicos sobre a média dos reajustes, mas representantes do setor admitem que a tendência é que a inflação na casa de dois dígitos seja repassada para os preços das mensalidades.