Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2021
O objetivo da mobilização é chegar aos 90% com a vacinação completa, limiar que permite relaxar restrições.
Foto: Cristine Rochol /PMPAMedo de reações adversas e percepção de que a pandemia está superada estão entre os motivos que atrasam a imunização contra a Covid entre os gaúchos, especialmente em relação à segunda dose. As informações estão em levantamento realizado pela Secretaria da Saúde e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS).
A sondagem foi feita pelo Cosems com a apresentação de um formulário junto aos municípios. Embora o resultado envolva apenas 144 das 497 prefeituras gaúchas, serve para a Secretaria de Saúde conhecer as principais sugestões delas para incrementar a vacinação, como envolver as rádios locais e realizar campanhas nos meios de comunicação, oferecer as vacinas nos finais de semana e em horário ampliado e ressaltar a eficácia delas contra a Covid.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, defendeu também o envolvimento das associações empresariais na vacinação. “É a hora de envolver a área que gera riqueza, a área econômica, que quer manter suas atividades, com as entidades que representam bares e restaurantes, comércio e indústria. Ir até a quem congrega as empresas do município. Já avançamos muito. Não podemos recuar”, disse.
Ela sugeriu ainda que os municípios busquem conhecer as estratégias das 237 cidades do Estado que já atingiram os 90% de vacinados. “Precisamos ir aos locais onde as pessoas não estão se vacinando”, disse ainda, citando o exemplo da prefeitura de Santiago, que vacina os jovens nas baladas. “Aqui em Porto Alegre tem o Rolê da Vacina. Estamos com mais de 220 municípios que já atingiram 90%. Vamos seguir as boas práticas”.
Sondagem ouviu pessoas em 144 municípios
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (18) durante a reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Não se trata de uma pesquisa, que dependeria de dados ampliados, mas de uma sondagem. Entre as 144 respostas recebidas, 97 apontaram a possibilidade de alguma reação à vacina como o principal motivo para a recusa. Já 79 alegam simplesmente não querer se vacinar.
Outros motivos para não receber a segunda dose foram a percepção de que a pandemia já acabou, com 51 respostas, e a volta ao trabalho, com 43, além do esquecimento do prazo, com 38. Um último fator citado foi a impossibilidade de se vacinar devido ao horário limitado das unidades de saúde, com quatro respostas.
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