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Cláudio Humberto Câmara não vota fim do foro há mais de 1700 dias

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(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) continua na batalha para que a Câmara paute sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim do foro privilegiado. A proposta foi aprovada no Senado em 2017 e, só um ano depois, uma comissão especial da Câmara passou a analisar a PEC. De lá para cá, não houve qualquer evolução. Já são 1730 dias, que correspondem a quase 4 anos sem votação da PEC.

55 mil privilegiados
São 55 mil autoridades beneficiadas pelo privilégio de foro, segundo o senador Álvaro Dias, nos três níveis de governo.

Grande inimigo
Em agosto de 2020, Rodrigo Maia presidia a Câmara quando ignorou pedido da senadora Leila Barros (DF) e de mais 25 para pautar a PEC.

Ouvidos moucos
Maia, aliás, ignorou 21 pedidos para incluir a PEC do Fim do Foro em votação. Este ano já foram dez pedidos encaminhados a Arthur Lira.

Temor da 1ª instância
Na Câmara, acham que o fim do foro privilegiado “dá muito poder” a juízes de primeira instancia, que passariam a julgar suas excelências.

Pessimismo: 60% esperam alta de preços em 2022
Os brasileiros estão pessimistas com a política de preços e de lucros da estatal Petrobras e seus sucessivos aumentos no gás de cozinha e dos combustíveis impactando nos alimentos, aluguéis, serviços etc. De acordo com levantamento nacional do Paraná Pesquisas, 60,6% dos brasileiros têm a expectativa de preços ainda maiores, no ano de 2022. Somente 20,6% dos entrevistados acreditam em possível diminuição.

Estes nada esperam
O grupo mais pessimista em relação aos preços tem nível superior de escolaridade: apenas 16,8% acreditam em preços mais baixos.

Jovens pessimistas
A exploração dos brasileiros leva mais de 65% dos jovens acreditarem que nos próximos 12 meses os preços só vão aumentar.

Dados da pesquisa
O Paraná Pesquisas ouviu 2.020 brasileiros de 164 municípios, em entrevistas pessoais, entre 16 e 19 de novembro.

Banqueiros felizes
Os senadores que insistem no pagamento integral dos precatórios de R$90 bilhões à vista, em 2022, precisam explicar melhor essa proposta que alegra apenas os bancos detentores de 70% de todos os títulos.

Covid sob controle
O sucesso da vacinação levou o Brasil a controlar a pandemia e evitar variantes que castigam Europa e EUA. Proporcionalmente, somos 108º no ranking de casos e 68º no de mortes da última semana.

Nova fake news
Enem mostrou domingo que não houve interferência ou anomalias. Foi a maior fake news desde o “golpe militar iminente” de Bolsonaro contra ele mesmo, em 7 de setembro. Ninguém se desculpou pela mentira.

Educação desrespeitada
Deveria ser apurada a responsabilidade da pelegada sindicalista que criminosamente fechou as portas de escolas públicas onde se realizaria a prova do Enem. A denúncia do ministro da Educação é muito grave.

Jamais será vendida
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, fez de Privatização o tema de sua tese de doutorado, mas está convencido de que o governo não pode abrir mão do banco como executor de suas políticas sociais.

Vítimas do vírus
A 4ª onda de covid segue castigando a Europa e a Alemanha deve se tornar nesta terça o 14º país a superar a triste marca de 100 mil mortes pelo coronavírus. Foram cerca de 1,5 mil óbitos na última semana

MPs da independência
O presidente da Câmara, Arthur Lira, promete votar esta semana as medidas provisórias 1063, que autoriza a venda de etanol aos postos, e 1069, que regulamenta novas regras para o varejo de combustíveis.

Obituário
Fechará as portas, próximo domingo, o restaurante Carpe Diem, um dos mais emblemáticos de Brasília, ponto de encontro de gerações. Não suportou o aluguel de R$ 45 mil mensais. Ninguém suportaria.

Pensando bem…
… prévias em outros partidos seria apenas uma disputa entre acusados de corrupção contra ex-presidiários.

PODER SEM PUDOR

Coreto tombado
A história é conhecida nas rodas políticas de Minas Gerais. Nos anos 1950, a prefeitura de Muzambinho recebeu mensagem do órgão estadual de defesa do patrimônio histórico: diante de murmúrios chegados a Belo Horizonte, a municipalidade ficava advertida de que o antigo coreto da praça era considerado “de interesse histórico”, e que uma comissão iria até lá para tombá-lo. O prefeito reagiu com um telegrama urgente: “Desnecessária vinda da comissão. Já que era para tombar, mandei derrubar o coreto.”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Impostos afugentam o emprego
https://www.osul.com.br/camara-nao-vota-fim-do-foro-ha-mais-de-1700-dias/ Câmara não vota fim do foro há mais de 1700 dias 2021-11-23
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