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Economia No mês de novembro, o Pix completou um ano de funcionamento no Brasil. O serviço já representa mais de 80% das transações de pessoas jurídicas

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QR Code é o meio mais utilizado entre os clientes de bancos, mostrando o avanço e consolidação do Pix entre empresas. (Foto: Reprodução)

Lançado pelo Banco Central em 16 de novembro de 2020, o Pix teve rápida e grande adesão por parte do público: dados de outubro do Banco Central apontam que são 348,1 milhões de chaves cadastradas. Mas o uso da ferramenta não ficou restrita a operações entre pessoa física, substituindo apenas TED e DOC, como previsto no início da implementação.

Do total de chaves cadastradas, 6,4 milhões são de CNPJs. De acordo com dados do Banco Central, no mês de outubro foram realizadas, em todo o País, 248 milhões de transações com Pix envolvendo pessoas jurídicas, um aumento de quase 160% em relação ao mês de abril, quando foram contabilizadas mais de 96 milhões de operações.

Reflexo dessa realidade, o BS2, banco digital PJ, registrou, em outubro, que o pagamento instantâneo já representava mais de 80% do total de transferências realizadas por pessoas jurídicas no BS2, com o volume mais de três vezes maior que o de abril de 2021, sexto mês de operação.

“O Pix teve uma curva de adesão muito mais rápida do que era esperado. Em poucos meses as pessoas passaram a utilizá-lo amplamente e hoje está consolidado e já é utilizado como forma de pagamento entre pessoas físicas e jurídicas”, explica Gilberto Gomes, gestor e responsável técnico pelo Pix no BS2.

“Nos próximos meses, devemos observar uma curva mais estável, por grande parte dos brasileiros já ser adepta do sistema de pagamento instantâneo. No BS2, por exemplo, quase 100% dos clientes já utilizam o Pix, e a expectativa é que represente mais de 90% das transações nos próximos seis meses”, completa Gomes.

A escolha do meio utilizado para realizar transferências por Pix também mudou durante o último ano, mostrando a consolidação da ferramenta com o público PJ. Entre novembro de 2020 e julho deste ano, o maior crescimento observado no BS2 era de chaves Pix, cenário que se inverteu a partir do mês de agosto, quando os pagamentos por QR Code passaram a representar a maioria das operações.

Nesse período, muitos estabelecimentos começaram a oferecer o Pix como opção de pagamento, tanto físico como online, inclusive com condições especiais para os clientes. Hoje, o QR Code representa 79,5% dos pagamentos e recebimentos envolvendo empresas por Pix no BS2, comparado com 51% em agosto.

Segundo Gomes, ainda há muito espaço para crescimento do Pix entre o público PJ. “Com nosso foco em PMEs e o crescimento da economia, acreditamos que ainda há oportunidade para que empresas de diferentes portes e perfis utilizem o Pix em suas rotinas financeiras, tanto para pagamento como recebimento, simplificando e trazendo agilidade, oportunidades e economia”, ressalta.

Ampliação

Desde o lançamento, o Banco Central vem trabalhando no desenvolvimento de diversas atualizações e ferramentas para o Pix, assim como ajustes de segurança e combate à fraude. Entre as medidas estão a implementação do limite de mil reais para transferências entre as 20h e 06h, que já está em vigor e o Mecanismo Especial de Devolução, que possibilita a devolução de recursos pela instituição recebedora em casos de fraude ou falha operacional, em vigor desde o dia 16 de novembro.

Nessa reta final do ano também estão previstas as primeiras etapas do Iniciador de Pagamentos no Pix, onde instituições detentoras de conta transacional que sejam autorizadas pelo BC e certificadas no Open Banking possam realizar a operação de pagamento via Pix dentro do seu próprio aplicativo ou website, sem que o usuário precise acessar os canais da instituição financeira onde tem conta. A agenda faz parte da terceira fase do Open Banking, que está em andamento desde o dia 30 de outubro. Para 2022, está prevista a implantação do Débito Automático no Pix, que facilitará pagamentos recorrentes.

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