Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
Ocoronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra morreu na madrugada dessa quinta-feira aos 83 anos no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. O militar estava internado para se submeter à quimioterapia em um tratamento contra o câncer. Em abril deste ano, ele havia baixado devido a um infarto. Ustra foi um dos principais chefes da repressão na ditadura militar (1964-1985).
Ustra voltou a ser lembrado em maio de 2013, quando em depoimento à Comissão da Verdade negou ter cometido crimes ao presidir o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) paulista. O ex-coronel provocou polêmica, dizendo que apenas combatia o terrorismo. Ele negou mortes por torturas, justificando que todas foram resultado de batalhas nas ruas.
Ustra nasceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 28 de julho de 1932. Liderou a repressão de 1970 a 1974. Só em 2008 ele foi reconhecido como torturador pela Justiça.
O ex-coronel escreveu uma apostila ensinando a torturar intitulada “Cobertura de ponto e neutralização de aparelhos” quando estava na Escola Nacional de Informações, formadora de agentes especializados em investigar aqueles que eram inimigos do governo. (O Dia)