Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2021
A França quebrou neste sábado (25) a marca de 100 mil contaminações diárias de covid, em um momento de recrudescimento da pandemia iniciada há 21 meses e responsável pela morte de mais de cinco milhões de pessoas no mundo.
No dia do Natal, foram registrados 104.611 novos casos na França. Nas últimas três semanas, o número de contaminações diárias dobrou, detalhou a agência sanitária francesa.
O país tem acumulado sucessivos recordes de contaminações com a propagação da variante ômicron.
O governo francês tem apostado na terceira dose da vacina contra o coronavírus e na exigência do passaporte sanitário para evitar que o sistema de saúde do país entre em colapso.
Quase 78% da população francesa tomou ao menos uma dose das vacinas contra a covid disponíveis e 72% estão completamente vacinadas (patamar um pouco superior ao do Brasil).
Mas, como em muitos países europeus, uma boa parcela da população se nega a receber o imunizante e recorre a meios ilícitos para “comprovar” imunidade contra o coronavírus.
O país enfrenta uma nova onda de contágios provocada pela variante ômicron, que avança com rapidez neste final de ano, e quase 20% dos casos já são da nova cepa, que é muito contagiosa (eram 10% na semana anterior).
A taxa de incidência da covid-19 alcançou um recorde no país, com 545 casos por semana a cada 100 mil habitantes (e quase o dobro disso em Paris).
Passaportes falsos
A França anunciou que 182 mil passaportes sanitários falsos já foram identificados pelas autoridades desde que o documento passou a ser exigido para o acesso em locais fechados, em junho.
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, destacou que o uso, fabricação ou venda de passaportes médicos falsificados pode resultar em até cinco anos de prisão e multa de até 75 mil euros (o equivalente a cerca de R$ 485 mil).
“O problema dos passaportes sanitários é que, muitas vezes, são feitos em cumplicidade com médicos ou enfermeiras reais”, afirmou o ministro. Darmanin disse, no entanto, que esse envolvimento “é muito difícil de provar”.
Para entrar em lugares como cinemas, restaurantes, museus e transportes públicos na França, é obrigatório desde o verão europeu apresentar um comprovante de vacinação contra a covid, de recuperação da doença ou um teste negativo recente.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, endureceu as regras e anunciou que o passaporte sanitário se tornará um “passaporte de vacinação” no início de 2022 e um teste negativo para covid-19 não servirá mais.
Assim, a partir de janeiro será necessário demonstrar que a pessoa tem o esquema vacinal completo e tomou a dose de reforço. Castex não mencionou se um atestado de recuperação da doença seguirá sendo válido.