Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (16), refletindo as incertezas sobre as contas públicas e o cenário político no Brasil. A valorização também acompanha o avanço da moeda americana nos mercados externos. A divisa subiu 1,92%, vendida a 3,8735 reais. Na semana, o dólar subiu 3,05%, após despencar 4,74% na semana anterior. No mês, há queda acumulada de 2,32% e no ano, valorização de 45,69%.
Turbulência no mercado.
Os investidores continuavam preocupados com as contas públicas e com o cenário político no Brasil no fechamento do câmbio. “Os problemas políticos são motivos suficientes para reverter aquela tranquilidade que vimos nos últimos dias”, disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Uma fonte de incerteza é a previsão de que a receita gerada com a recriação da CPMF, vista como vital pelo governo federal para equilibrar as contas públicas, não será considerada pelo relator da proposta Orçamentária para 2016, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
Além disso, quatro fontes do governo informaram que o País deve desistir da meta de superavit primário – a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública – equivalente a 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto) no Orçamento deste ano e reconhecer que as contas fecharão no vermelho.
Atuações do BC.
Nesta sexta-feira (16), Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou 5,630 bilhões de dólares, ou cerca de 55% do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares. Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado. (Folhapress)