Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 6 de janeiro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Início esse texto pedindo desculpas aos leitores e aos meus amigos políticos!
Aos leitores, pois sou médico e raramente me envolvo em política. Desculpas aos políticos, pois certamente não irão gostar do que escrevi!
É triste e difícil aceitar, como cidadão comum, as fantásticas distorções que ocorrem no nosso País. Perdemos totalmente nossos valores éticos e morais.
Enquanto famílias inteiras de brasileiros não têm o que comer, moram nas ruas, perambulam como zumbis pedintes, nossos políticos aprovaram no apagar das luzes do ano passado o “fundão eleitoral” (nossos recursos públicos que financiam as campanhas eleitorais).
O valor é de 5,7 bilhões!
Isto é de interesse público?
A eterna lei da redução da maioridade penal, a pauteada e várias vezes adiada, PEC da 2° instância, o fim do foro privilegiado. São alguns dos exemplos de decisões que o povo espera.
Os políticos esqueceram que são os mais caros servidores públicos. Nenhum país possui leis tão protecionistas. Nossos parlamentares são os mais bem pagos do planeta!
Recentemente, no novo governo alemão, o ministro da Agricultura Cem Özdemir foi tomar posse de bicicleta, recusando carros oficiais.
O ex-ministro Mark Rutte, da Holanda, também se tornou famoso por ir ao parlamento de bicicleta.
Na Suécia os deputados não tem auxilio moradia. Pagam seus transportes e suas refeições fora do congresso.
O deputado Arne Hakasson, em entrevista recente disse: “Somos cidadãos comuns. Não há sentido em privilégios especiais, uma vez que nossa tarefa é representar o povo baseado na realidade que as pessoas vivem!”.
No Brasil, existe a verba de gabinete, auxílio moradia, auxílio mudança, escritório político de até 50 assessores particulares, ressarcimento de gastos médicos hospitalares.
É possível até fretar aeronaves!
Com esta dinheirama poderíamos construir 30.000 escolas no valor de R$ 180 mil cada, 75.000 creches no valor de R$ 80 mil cada.
A Fraport de Frankfurt, para ampliar o Aeroporto Salgado Filho, construiu casas populares por R$ 70 mil. Poderíamos construir 80.000 casas.
Recentemente, no mega assalto que paralisou Criciúma, foram roubados aproximadamente R$ 120 milhões.
O atual “fundão” furtou do povo brasileiro, sem usar armamento pesado ou reféns, 50 vezes mais.
Usou apenas um argumento simples: tudo pela democracia!!
Carlos Roberto Schwartsmann
Professor Universitário- Médico
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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