Terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Em carta ao ministro da Economia, o presidente do Banco Central minimiza risco fiscal e cita efeito global para justificar inflação acima da meta

Compartilhe esta notícia:

Carta divulgada nesta terça-feira é a sexta escrita por um presidente do BC para explicar inflação fora da meta

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A redução no tempo médio de análise de pedidos é atribuída como a principal causa para o resultado. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, publicou nesta terça-feira (11) carta aberta encaminhada ao ministro da Economia e presidente do Conselho Monetário Nacional, Paulo Guedes, na qual explica os fatores que levaram a inflação a terminar o ano de 2021 em 10,06% – bem acima do teto da meta, quer era de 5,25%.

Segundo Campos Neto, os principais fatores que levaram ao estouro da meta foram: forte elevação dos preços de bens, em especial os preços de commodities; bandeira de energia elétrica escassez hídrica, acionada em setembro devido à crise energética; e desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, o que gerou gargalos nas cadeias produtivas globais.

O presidente do BC ressalta no documento que o Copom (Comitê de Política Monetária) – órgão do Banco Central responsável por definir a Selic – já sinalizou ser “apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista”.

Com isso, Campos Neto indica que os juros devem subir ainda mais este ano, em uma tentativa de segurar os preços. “O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, escreve Campos Neto. O Copom é formado pelo presidente do BC e pelos diretores.

Os motivos da alta

Campos Neto observa que os preços de commodities, depois de serem afetados negativamente no início da pandemia da Covid-19 no primeiro trimestre de 2020, iniciaram processo de elevação no terceiro trimestre daquele ano, o que continuou ao longo de 2021.

A elevação, escreve ele na carta, envolveu todos os grupos de commodities (agropecuárias, metálicas e energéticas) – mas com destaque para o preço do petróleo medido pelo Brent, que tem maior peso na inflação medida pelo IPCA.

Sobre os gargalos nas cadeias produtivas globais, o presidente do BC destacou os “esgotamentos de estoques de insumos, escassez de semicondutores e aumentos de prazos de entrega e de preços dos fretes internacionais”.

No caso da bandeira escassez hídrica, que adiciona R$ 14,20 às contas de luz dos brasileiros para cada 100 kWh consumidos, Campos Neto lembra que o fraco regime de chuvas levou ao acionamento das termelétricas ao longo de 2021, que têm um custo mais elevado, resultando em aumento expressivo das tarifas de energia elétrica.

Em 2020, o IPCA foi de 4,52%. Segundo o IBGE, essa foi a maior taxa registrada desde 2015, e a primeira vez nesse período em que a inflação bateu a casa dos 10%.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Teto da aposentadoria do INSS sobe para R$ 7.087
Festa da Uva e da Ameixa tem abertura oficial neste sábado em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/em-carta-banco-central-culpa-alta-global-de-precos-e-falta-de-insumos-por-inflacao-de-10/ Em carta ao ministro da Economia, o presidente do Banco Central minimiza risco fiscal e cita efeito global para justificar inflação acima da meta 2022-01-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar