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Economia Pandemia fez crescer em 21% a circulação de dinheiro vivo no Brasil

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Mesmo após o governo aumentar salário mínimo e Bolsa Família, orçamento familiar segue apertado e destinado, principalmente, a contas básicas. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Embora a digitalização esteja cada vez mais presente na vida dos brasileiros
por meio das fintechs e do Pix, a circulação do tradicional dinheiro em cédulas
subiu desde o início da pandemia. Ao todo, são 331 bilhões de reais em circulação por meio de 7,6 bilhões de cédulas, um número 21% superior em
relação ao período que precede à pandemia de covid-19.

Segundo o Banco Central, o pagamento do auxílio emergencial provocou um crescimento na emissão e circulação das notas que se manteve em nível sustentável mesmo após o fim do programa. Foram emitidos 95 bilhões de reais para o pagamento do benefício e, destes, somente 35 bilhões de reais saíram de circulação após as últimas parcelas. Ainda de acordo com a autarquia, o volume total de dinheiro em circulação corresponde a aproximadamente 4% do PIB brasileiro, um percentual abaixo dos 8,9% registrados na China e dos 8,2% nos Estados Unidos, por exemplo.

Pix

A aceitação do Pix como meio de pagamento no e-commerce mais que triplicou ao longo de 2021. De acordo com estudo da consultoria Gmattos, o instrumento de pagamento instantâneo era aceito por 16,9% das lojas analisadas em janeiro de 2021, percentual que subiu a 55,9% em dezembro. A tendência é que a alta continue neste ano, avalia a consultoria.

O desempenho registrado no ano passado consolidou o Pix na terceira posição do ranking das formas de pagamento mais utilizadas no comércio eletrônico. Ficou atrás de cartão de crédito (aceito em 98,3% das lojas) e boleto (aceito em 74,6%). O estudo analisou 59 lojas on-line, que juntas representam 85% do comércio eletrônico do País.

A pesquisa mostra que houve uma ligeira queda na aceitação do Pix entre novembro, quando chegou a atingir 59,3%, e dezembro. Para o cofundador e CEO da Gmattos, Gastão Mattos, a oscilação não compromete as perspectivas favoráveis para a modalidade. “Estimo que, já neste início de 2022, haverá uma retomada no crescimento da aceitação do Pix”, avalia.

A adesão expressiva dos consumidores à ferramenta foi um apelo para sua aceitação pelos lojistas, diz Mattos. Segundo dados do Banco Central (BC), quase 110 milhões de pessoas já utilizam o Pix. Mas há outros fatores que explicam esse movimento, como a alta conversão de carrinho (de 60% a 90%) atingida por essa forma de pagamento.

Em relação ao boleto, ele avalia que, embora seja um meio de pagamento até “arcaico”, as lojas continuam a oferecer a alternativa “entendendo que parte das pessoas não teria outra opção”. Ele acredita a segunda posição do boleto entre os meios de pagamento mais aceitos no e-commerce deve se manter em 2022. Quem mais perdeu espaço com a chegada do Pix foi o débito, cuja aceitação caiu de 37,3% em janeiro para 30,5%.

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