Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 22 de janeiro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A Codesa (Cia das Docas do Espírito Santo) cumpre apenas um papel: demonstrar como é irrelevante, como tantas outras estatais federais que sugam dinheiro do bolso de quem paga impostos. Fábrica de privilégios com dinheiro alheio, a Codesa não justifica a sua existência, mas se esmera no pagamento de salários de até R$ 58.255 mensais, além de adicionais por tempo de serviço em percentuais vexatórios. Está tudo do “Relatório de Benefícios” das estatais, do próprio governo.
Você paga e não sabe
A Codesa dá adicional de férias de 50%, complementa aposentadoria e auxílio-doença, dá empréstimo de férias, seguro de vida… uma farra.
Regalia em dobro
Malandramente, a Codesa paga Auxílio-Babá e também, com nosso dinheiro, distribui Auxílio-Creche, que somam R$ 1.480,32 mensais.
Com chapéu alheio
Metendo a mão no nosso bolso, a Docas do Espírito Santo ainda gasta dinheiro público pagando treze Auxílios-Alimentação de R$ 1.136,79.
Relato da safadeza
Relatório da Secretaria de Governança das Estatais deveria ser lido por todos que pagam a conta. Mas, atenção: é quase leitura pornográfica.
Seis anos após Brumadinho, ninguém na cadeia
A associação dos familiares das vítimas da barragem de Brumadinho (Avabrum) lembra que a tragédia na região completa seis anos no próximo dia 25, e ainda luta pela “responsabilização efetiva dos responsáveis pelos crimes cometidos pela Vale e Tüd Süd contra a vida de 272 pessoas”. Apesar de acordos para reparos e indenizações, nenhum executivo das empresas dorme atrás das grades e a gigante Vale continua registrando recordes seguidos de lucros bilionários.
Longa impunidade
“A única forma de reparação que vai representar a vitória da justiça contra a impunidade”, disse a associação das vítimas.
Prevenção
Os familiares das vítimas pretendem trabalhar “para que nunca mais aconteça tamanha negligência com a vida humana”.
Dor das famílias
Até hoje, quase seis anos depois, seis mortos pelo rompimento da barragem da Vale de Brumadinho continuam desaparecidos.
Aceno à direita
Ao lançar sua candidatura, Ciro Gomes (PDT) elogiou o regime militar, mas sem a coragem de explicitá-lo, ao lembrar que em 1980 a renda dos brasileiros era superior à chinesa, e que hoje não passa dos 79%.
Lorota à esquerda
Ciro Gomes também tentou bajular a esquerda ao afirmar que a economia brasileira estagnou “de dez anos para cá”. Esqueceu as 15 milhões de pessoas que perderam o emprego nos governos do PT.
Sonho ou pesadelo?
Ainda não passa de plantação e fofoca de que supostas “resistências” levariam o ex-juiz Sergio Moro a trocar o Podemos pelo União Brasil, fusão do DEM com o PSL. Só no DEM, a Lava Jato teve sete alvos.
Baleia na Lua
O fracasso subiu à cabeça do deputado Baleia Rossi (SP), presidente do velho MDB, hoje em seu período mais irrelevante. Ele disse ontem que a candidata do MDB, Simone Tebet, vai bombar nas presidenciais.
Dois meses
A onda da ômicron na África do Sul, País de origem da variante, já dura 58 dias. Desde o início, no final de novembro, o país registrou pico de 38 mil novos casos em 12 de dezembro, número que cai desde então.
Holofote é o que importa?
O interesse por Lula continua abaixo do interesse por Jair Bolsonaro no Google Trends, que avalia buscas na internet. A exceção foi em março de 2021, quando o STF anulou as condenações do ex-presidiário.
Não precisa, mas precisa
Ao explicar não ser necessária a 4ª dose de vacina contra a covid, Kate O’Brien, diretora da OMS, disse que “pessoas de alta prioridade (grupos de risco etc.) têm que tomar três doses e uma adicional”.
Tensão de verdade
O Comando Sul do Exército da China anunciou haver expulsado navio dos EUA (que negam tudo) de águas do país, próximas à Ilha Paracel. E ainda ameaçou “consequências sérias de eventos imprevisíveis”.
Pensando bem…
… a descoberta da venda de certificados de vacinas falsificados é tão “surpreendente” quanto os erros de certas pesquisas eleitorais.
PODER SEM PUDOR
No lugar errado
Senador do MDB catarinense, Evilásio Vieira resolveu fazer solitário comício numa pequena cidade de colonização alemã, onde não conhecia ninguém. Após o seu discurso, de crítica à ditadura, um velhinho, o padre local, pediu a palavra. Ele adorou. Mas o padre não esta ali para apoiar sua ladainha: “Tudo isso serr mentirra. Goverrno fazerrr Mobrral, Trransamazónico, oposiçon non fazerr nada. Só falarr. Todos deverr irr dorrmirr.” A pequena multidão, obediente, foi embora. Evilásio também.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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