Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2022
A Caixa Econômica Federal está avisando agentes imobiliários que sua taxa de juro do crédito com recursos da poupança (SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para financiar a compra de imóveis vai subir em fevereiro.
A menor taxa, cobrada de clientes que têm relacionamento com o banco, o maior financiador imobiliário do país, vai passar dos atuais 8,3% ao ano para 8,7% anuais, sempre acrescida da TR, a partir de 1° de fevereiro, segundo material de divulgação ao qual a agência de notícias Reuters teve acesso. A taxa balcão será mantida em 8,99% a.a.
Com a mudança, a Caixa passará a praticar uma taxa mais próxima da ofertada por seus concorrentes do setor privado. O Santander Brasil tinha a partir de 9,99% ao ano, ante 9,5% de Bradesco e 9,1% do Itaú Unibanco, todas acrescidas de TR.
Em nota, a Caixa afirmou que haverá uma “adequação nas condições para aplicação de redutores… a depender do relacionamento do cliente com o banco” e que “continuará tendo as melhores taxas de juros do mercado”.
Aumento de 10%
O movimento acontece dias após o presidente-executivo do banco estatal, Pedro Guimarães, ter previsto aumento de 10% das concessões de empréstimos para compra de imóveis em 2022, em entrevista à Reuters, alegando que tem taxas de juros mais baixas do que a maioria dos concorrentes.
“Vamos crescer 10% e superar R$ 150 bilhões em concessões”, disse Guimarães em entrevista à Reuters por telefone, no último dia 19.
Maior financiadora imobiliária do País, a Caixa tinha um estoque de financiamentos no setor de R$ 542 bilhões em setembro passado, último dado público, alta de 8,7% em 12 meses.
Em 2021 até setembro, a Caixa concedeu R$ 104 bilhões em empréstimo imobiliário, alta de 27,9% sobre um ano antes. Em termos anualizados, as concessões devem superar R$ 135 bilhões no acumulado do ano passado. Se a previsão para este ano for alcançada, haveria, portanto, uma desaceleração.
Impulsionado pela queda da Selic à mínima histórica de 2% ao ano, o crédito imobiliário teve forte crescimento entre 2020 e o começo do ano passado. Mas esse ritmo tem perdido força desde que o Banco Central começou a subir a taxa básica rapidamente para tentar esfriar a inflação, que superou 10% em 2021. As informações são da agência de notícias Reuters.