Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2022
O crime, planejado pela mulher e pelo enteado da vítima, ocorreu em junho do ano passado
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a Operação Viúva Negra em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Durante a ação, uma mulher foi presa pela morte do marido, ocorrida em junho do ano passado, no bairro Planalto.
Ela foi uma das mandantes do crime, junto com seu filho, enteado da vítima, com o objetivo de ganhar o dinheiro de um seguro de vida e de uma indenização trabalhista. Em um primeiro momento, o caso foi investigado como sendo um latrocínio. Porém, no decorrer das investigações, verificou-se que se tratava de um homicídio premeditado. O homem morto tinha 48 anos.
“Foram sete meses de investigações, com interceptação telefônica, quebras de sigilos e outras medidas cautelares, todas autorizadas pelo Poder Judiciário, sendo apurada, de forma clara e inequívoca, a participação de cada um dos indiciados. A companheira da vítima foi responsável por facilitar a entrada e a saída dos executores da residência. Conforme previamente ajustado, ela deixou a porta aberta para a entrada deles e o controle remoto do portão sobre a mesa para a fuga. Entretanto, nem tudo saiu como o esperado. Quando os criminosos entraram no pátio da casa, a vítima ouviu o barulho, levantou-se e correu para porta, verificando que esta estava aberta e a fechou, sendo necessário que ela fosse arrombada pelos executores. Os autores resolveram, durante a empreitada, após executar a vítima, levar alguns bens da residência, a fim de obter lucro e simular um latrocínio”, informou a polícia.
“Na época, dois indivíduos invadiram a residência da vítima com o objetivo único de assassiná-la. No momento do crime, estavam na residência o casal e o filho menor, tendo como motivação uma desavença entre a vítima e seu enteado, pois aquela não aceitava as condutas criminosas deste, assim como a possibilidade, por parte da companheira da vítima, de receber um seguro de vida e uma indenização fruto de uma ação trabalhista. O crime foi encomendado pela companheira e pelo enteado da vítima, que está preso, além de um intermediador da negociação, responsável por recrutar os executores”, explicou a polícia.