Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2015
A visita de dois dias da presidenta Dilma Rousseff à Suécia serviu para ela garantir ao país que, apesar da crise econômica e política que vive no Brasil, o seu governo vai honrar os compromissos no contrato de compra de 36 caças. Apesar de um contrato assinado com a fábrica sueca Saab, Dilma foi questionada pela imprensa local em pelo menos três momentos sobre a viabilidade do governo em honrar os compromissos futuros em meio a turbulências que envolvem inclusive um risco de processo de impeachment.
O acordo com a fabricante sueca Saab foi assinado em outubro de 2014 no valor, da época, de 5,4 bilhões de dólares. Como o contrato é feito em coroa sueca, o montante hoje está em torno de 4,5 bilhões de dólares, em razão da desvalorização da moeda local. O financiamento será feito pela SEK (agência de promoção de exportações do país escandinavo).
Os caças Gripen NG devem ser entregues à FAB (Força Aérea Brasileira) entre 2019 e 2024. Dos 36, 15 serão produzidos no Brasil. Na segunda-feira, um grupo de 46 engenheiros brasileiros começou a trabalhar no projeto na Suécia. Dilma os visitou na fábrica da Saab na cidade de Linkoping, acompanhada de autoridades do governo local e diretores da empresa. Antes disso, ainda em Estocolmo, uma repórter sueca quis saber se a eventual abertura de um processo de impeachment contra a presidenta no Congresso.
Ao lado de Dilma, estava o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven. Foi quando Dilma afirmou que não acredita em uma “ruptura institucional” no Brasil e disse que o País tem uma economia sólida. “Asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional. Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como também um Judiciário e um Executivo independentes, que funcionam com autonomia e também harmonia”, disse.