Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2022
A retomada do turismo em 2021 não bastou para recuperar as perdas da pandemia. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor deixou de faturar R$ 214 bilhões em 2021. Do início da pandemia, em 2020, até dezembro passado, a perda é de R$ 473,7 bilhões.
Após um tombo de 36,7% em 2020, o volume de serviços nas atividades turísticas terminou 2021 com crescimento de 21,1% ante 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o volume das atividades turísticas cresceu 3,5% ante novembro, mas o nível de atividade ainda está 11,4% abaixo de fevereiro de 2020.
Para a CNC, a recuperação completa das perdas ainda não virá em 2022. A entidade projeta crescimento de apenas 1,7% no volume de serviços prestados nas atividades turísticas este ano. Além da crise sanitária, que levou ao cancelamento de eventos, o desempenho deverá ser afetado pela conjuntura econômica.
“O quadro adverso ainda não se reverteu. Ao contrário dos demais serviços, as atividades turísticas ainda operam ‘no vermelho’”, aponta um trecho do relatório. O acompanhamento da CNC toma como base o ritmo de receitas do setor em janeiro e fevereiro de 2020. O faturamento de dezembro ficou R$ 10,2 bilhões abaixo do padrão pré-pandemia. No auge das perdas, em julho de 2020, a frustração de receitas mensais foi de R$ 34,9 bilhões.
Empregos
A recuperação parcial do setor de turismo também não foi suficiente para retomar a quantidade de postos de trabalho. Nos cálculos da CNC, 476 mil vagas formais foram fechadas em 2020, nos registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em 2021, o saldo entre admissões e demissões aponta para a criação de 150,9 mil postos de trabalho, menos de um terço do total perdido.
EUA
Embora a exigência de visto não mude, os brasileiros passarão a ter a opção de ingressar nos Estados Unidos com mais agilidade. O governo anunciou recentemente que o Brasil entrou no programa Global Entry (GE).
Normalmente utilizado por viajantes frequentes aos Estados Unidos, o programa já está em vigor para outros 11 países. O Brasil será o terceiro país da América do Sul a participar, depois de argentinos e colombianos. A lista ainda inclui Índia, Reino Unido, Alemanha, Panamá, Cingapura, Coreia do Sul, Suíça, Taiwan e México.
Por meio do GE, os brasileiros poderão escapar das longas filas de imigração nos Estados Unidos e fazer o controle de passaporte diretamente em quiosques automáticos — semelhantes aos instalados pela Polícia Federal nos principais aeroportos internacionais do Brasil.
Para participar, é preciso se cadastrar junto à Autoridade de Aduanas e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), órgão norte-americano responsável pelo controle de entrada de estrangeiros naquele país. Além do pagamento de uma taxa de US$ 100, será preciso passar pelo crivo das autoridades americanas.