Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 21 de fevereiro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do legislativo gaúcho, do processo que propõe cassação do deputado Ruy Irigaray (PSL), o deputado Elton Weber (PSB) quer deixar clara a transparência da sua atuação, e confirmou à coluna que pedirá inversão de pauta para a votação imediata do seu relatório:
“Isto eu farei verbalmente na abertura da sessão desta terça-feira. Espero que os colegas sejam favoráveis.”
Elton Weber rechaça qualquer possibilidade de participação em eventual “acórdão” dos deputados da comissão, para postergar a votação do relatório, última etapa antes da remessa ao plenário.
Fábio Ostermann: “demora mina a credibilidade do parlamento”
Outro membro da CCJ, o deputado Fábio Ostermann (Novo), incomodado com os rumores sobre um possível “acórdão” para livrar o deputado Ruy Irigaray do processo, comentou ontem nas suas redes sociais, que estará atento hoje para o caso:
“Como membro da Comissão de Ética, venho acompanhando o caso desde o início. Lamento que isso se arraste há mais de um ano, gerando insegurança jurídica e minando a credibilidade do Parlamento. Estarei amanhã (hoje, dia 22) a partir das 9h15 acompanhando a leitura do parecer do relator, deputado Elton Weber, na Comissão de Constituição e Justiça. Seguiremos acompanhando os desdobramentos desse caso que já se arrasta a tempo demais.”
MP e Tribunal de Justiça fecham o certo ao deputado
Enquanto o caso se arrasta no legislativo, o Tribunal de Justiça rechaçou nova tentativa do deputado Ruy Irigaray suspender o processo na Assembléia Legislativa. A desembargadora Matilde Chabar Maia, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, negou pedido do deputado do PSL para suspender o processo de cassação que responde na Assembleia Legislativa pelo suposto desvio de função de servidores do gabinete para obras na casa da sogra do político. A decisão já foi publicada pelo TJ.
Já a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Porto Alegre ajuizou uma ação civil pública contra o deputado estadual por suspeita de improbidade administrativa. Conforme o Ministério Público, a ação se refere à denúncia sobre utilização de servidores do gabinete do parlamentar em obras e serviços particulares durante o período de trabalho.
Mobilização reúne 300 Democratas em torno de Onyx
A primeira grande mobilização de 2022 do grupo de filiados ao Democratas, que deixará o recém-criado União Brasil e migrará para o PL, acontece nesta terça-feira (22), no Hotel Deville. O grupo de 300 lideranças de todo o Estado, tendo à frente o ministro do Trabalho Onyx Lorenzoni, pré-candidato ao governo gaúcho, prepara a filiação em massa ao PL em março, durante a abertura da janela para troca partidária.
Lasier sugere que Senado discuta como se livrar de ministros do STF
Ao comentar a participação do ministro Luis Roberto Barroso em um seminário nos EUA, sob o tema “como se livrar de um presidente”, o senador gaúcho Lasier Maritns sugeriu:
“O Senado também deveria se reunir para discutir como se livrar de alguns ministros do STF.”
Um comunista de carteirinha no comando do TSE
Ontem, foi a vez do jornalista Augusto Nunes comentar o fato do ministro Edson Fachin, “comunista de carteirinha e a favor da reforma agrária”, agora comandar o Tribunal Superior Eleitoral a partir desta terça-feira:
“O ministro Edson Fachin é seguramente o mais dissimulado dos ministros do Supremo. Ele ficou dois anos fingindo que apoiava a Lava Jato, votando a favor das punições ‘corretas’, para no fim anular os processos do Lula e acabar com a operação. É ele o responsável pela presença do Lula [na rua]. Um ex-presidiário, condenado em 3 instâncias da justiça por 9 juízes, está solto por causa do Fachin.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.