Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2022
No Brasil, a Pfizer divide espaço com a Coronavac, que foi aprovada para aplicação em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.
Foto: Cristine Rochol/PMPAA vacina contra o coronavírus da Pfizer é menos eficaz na prevenção de infecções pela variante ômicron, mais transmissível, em crianças de 5 a 11 anos do que em adolescentes ou adultos mais velhos. Isso é o que mostra um novo conjunto de dados coletados e analisados por autoridades de saúde no Estado de Nova York (EUA). O imunizante ainda previne doenças graves nas crianças, mas praticamente não oferece proteção contra a infecção, mesmo um mês após a imunização completa.
A coleta das informações, que se deu durante o surto recente da ômicron, agora levanta o debate sobre qual seria a dosagem adequada para o público com 11 anos ou menos.
O imunizante da Pfizer é o único contra covid autorizado para a faixa etária de 5 a 11 anos em países como os Estados Unidos. No Brasil, ele divide espaço com a Coronavac, que foi aprovada para aplicação em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos no dia 20 de janeiro. Desde então, o imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan vem sendo aplicado também nesse público no País.
A queda acentuada no desempenho da vacina da Pfizer em crianças pequenas pode resultar do fato de que elas recebem um terço da dose administrada em adolescentes mais velhos e adultos, disseram pesquisadores e autoridades federais que revisaram os dados. As descobertas, que foram publicadas online nesta segunda-feira (28), vêm logo após os resultados dos ensaios clínicos, indicando que a vacina se saiu mal em crianças de 2 a 4 anos, que receberam uma dose ainda menor.
Especialistas temiam que as notícias dissuadissem ainda mais os pais hesitantes de imunizar seus filhos. Outros estudos mostraram que a vacina também não era poderosamente protetora contra a infecção pela ômicron em adultos.
A eficácia da vacina contra a hospitalização caiu de 85% para 73% nas crianças mais velhas. Nas crianças mais novas, a eficácia caiu de 100% para 48%. Mas como poucas crianças foram hospitalizadas, essas estimativas têm amplas margens de erro.
Os números de proteção contra infecções são mais confiáveis. A eficácia da vacina contra a infecção nas crianças mais velhas diminuiu de 66% para 51%. Mas nas crianças mais novas caiu acentuadamente: de 68% para apenas 12%. Esses resultados mudam drasticamente entre as idades de 11 e 12 anos. Durante a semana que terminou em 30 de janeiro, a eficácia da vacina contra a infecção foi de 67% em crianças de 12 anos, mas apenas 11% em crianças de 11 anos.