Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 2 de março de 2022
A população brasileira vai perceber os efeitos práticos da queda acentuada, em fevereiro, de casos e mortes relacionados à covid. No Brasil, despencou de 189,5 mil para 77,4 mil casos e de 951 para 678 óbitos, em média. Como em várias localidades mundo afora, logo o Brasil adotará medidas de relaxamento. Como no Estado da Virgínia ou na Casa Branca de Joe Biden, o uso obrigatório de máscaras será passado.
Tendência mundial
Na Europa, a Dinamarca, Noruega e Reino Unido acabaram há dez dias com todas as restrições relacionadas à covid.
Desabando
Em relação ao pico da ômicron, o número de casos ativos caiu 59,2%, como demonstram os números da Rede Nacional de Dados da Saúde.
No mesmo caminho
Segundo especialistas, mortes refletem o que acontece nos casos com atraso de duas a três semanas. A média já caiu 28,7% desde o pico.
O fim está próximo
No Brasil, São Paulo e Distrito Federal, entre outros, reforçaram medidas restritivas para combater a ômicron no início do ano.
Folga do Carnaval acaba, exceto no Congresso
Após usar a ômicron para dar aquela esticada no recesso até o fim do Carnaval, a Câmara dos Deputados marcou para esta Quarta-Feira de Cinzas (2) a retomada do trabalho presencial, mas por enquanto “trabalho” é só força de expressão.
Ainda seguirá em ritmo de festa com um sistema híbrido, sendo metade em teletrabalho. Parece pouco, e é, mas bem mais que o Senado, cujo presidente roda-presa não deu previsão de volta ao batente para além da embromação habitual.
Sem dor de cabeça
O sistema remoto deixou os presidentes da Câmara e do Senado mal acostumados, pois os poupa de longas sessões, gritaria e obstrução.
Também pudera
A marcha lenta no Senado tem um outro motivo. Dois terços dos senadores estão no meio do mandato, têm mais quatro anos no “céu”.
Melhor cenário
Com trabalho semipresencial, há a expectativa de que as comissões da Câmara elejam os novos presidentes e voltem a analisar projetos.
Patriotismo
À parte a estupidez da guerra, dá gosto ver o patriotismo e a união dos ucranianos, neste momento trágico, e também dos russos no apoio à invasão. Em ambos os casos, todos defendem seus próprios países.
Mentira repetida mil vezes…
Uma das mentiras frequentes sobre a embaixada do Brasil em Kiev cita suposta recomendação de “ficar em casa”. Já na primeira nota pública, momentos após o início da invasão, a embaixada já recomendava que brasileiros “como meios próprios” deveriam deixar a Ucrânia.
Preocupação zero
Ao citar notícia sobre o triplo de inundações devido a mudança climática, o deputado José Medeiros (Pode-MS) ironiza: “Se acontecer isso no Brasil, o resto do mundo já acabou pois temos 70% de vegetação nativa”.
Turismo de guerra
O deputado Arthur do Val (Pode-SP) foi criticado nas redes sociais por ir à Ucrânia, alegando que “está de recesso”. A maioria fala que a “ajuda” seria mais adequda às vítimas das enchentes em São Paulo.
Fato marcante
O senador Lasier Martins (PSD-RS) foi muito tietado ao visitar a Festa da Uva, em Caxias do Sul, onde relembraram o choque que o então jornalista sofreu há 26 anos. “É inevitável”, disse, bem-humorado.
Reapareceu
Na convenção de conservadores CPAC, Donald Trump foi ovacionado ao citar Bush, Obama e Biden, e lembrar que ele foi o único presidente dos Estados Unidos no século 21 em cujo mandato a Rússia não invadiu um país.
Cuidado ou paranoia?
Alguns parlamentares norte-americanos especulam que a distância entre Vladimir Putin e seus ministros, em fotos oficiais, pode indicar o estado de saúde do russo, que parece “cuidadoso demais” na prevenção anticovid.
Outra pandemia
O Ministério da Infraestrutura assinou um termo de compromisso com a Anfavea (fabricantes de veículos) e o Sindipeças (peças para veículos) para aumentar os esforços na redução de mortes e lesões no trânsito.
Pensando bem…
… Pandemia, enchente, guerra… Parecem menos manchetes jornalísticas e mais prenúncios bíblicos.
PODER SEM PUDOR
Cobras à espreita
Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como a serpentes. No final dos anos 1980, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma “conversa rápida”. “Ah, são só dois?…” Os repórteres se animaram, mas só até ele completar, às gargalhadas: “…E não dá para um comer o outro, e ficar um só?”.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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