Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de março de 2022
As sanções à Rússia provocaram a derrocada do rublo e mantêm os mercados de ações fechados. Assim, as pessoas mais ricas do país estão se voltando para joias e relógios de luxo em uma tentativa de preservar o valor de suas economias.
As vendas das lojas russas da Bulgari aumentaram nos últimos dias, disse o presidente-executivo da joalheria italiana, depois que a resposta internacional à invasão da Ucrânia restringiu severamente a movimentação do dinheiro.
“No curto prazo, provavelmente impulsionou os negócios”, disse Jean-Christophe Babin em entrevista à agência Bloomberg, descrevendo as joias da Bulgari como um “investimento seguro”.
Ele complementa: “Quanto tempo vai durar é difícil dizer, porque, de fato, com as medidas do sistema Swift totalmente implementadas, pode dificultar, se não tornar impossível, exportar para a Rússia”, acrescentou.
Mesmo com a saída da Rússia de marcas como Apple, Nike e as gigantes de energia BP, Shell e Exxon Mobil, as maiores marcas de luxo da Europa estão, até agora, ainda em operação no país.
A Bulgari, de propriedade da LVMH, está longe de estar sozinha. A Cartier, da Richemont, ainda vende jóias e relógios, e os relógios Omega, do Swatch Group, ainda estão disponíveis, assim como Rolex. Todos continuam a fazer vendas e tentam assumir uma postura apolítica.
“Estamos lá para o povo russo e não para o mundo político”, disse Babin. “Operamos em muitos países diferentes que passam por períodos de incerteza e tensões.”
Assim como o ouro, que pode servir como reserva de valor e proteção contra a inflação, relógios e joias de luxo podem manter ou até aumentar de preço em meio a turbulências econômicas causadas por guerras e conflitos. As informações são da Agência Bloomberg.