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Economia Barril de petróleo chega a 139 dólares; na Europa, gás tem alta de 79% e Bolsas caem

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Medida visa garantir abastecimento quando embargo ao petróleo da Rússia entrar em vigor. (Foto: Reprodução)

Os preços do petróleo atingiram seu nível mais alto desde 2014, enquanto as Bolsas na Europa e nos Estados Unidos fecharam com quedas diante do temor de uma escalada nas sanções ocidentais à Rússia pela invasão da Ucrânia. No Brasil, a Bolsa fechou em forte baixa, puxada pela queda das ações da Petrobras.

Após bater na cotação de US$ 139 na madrugada, maior cotação desde o recorde de US$ 147,50 de julho de 2008, o preço do petróleo Brent perdeu força, mas ainda terminou o dia em forte alta.

O contrato para maio do petróleo tipo Brent subiu 4,3%, negociado a US$ 123,21, o barril. Já o contrato para abril do tipo WTI avançou 3,2%, cotado a US$ 119,40, o barril.

Durante a sessão, ambos os benchmarks atingiram o nível mais alto desde julho de 2008, com o Brent atingindo US$ 139,13 por barril e o WTI, US$ 130,50 por barril.

Os preços globais do petróleo aumentaram cerca de 60% desde o início de 2022, levantando preocupações sobre o crescimento econômico global e a estagflação.

“Consideramos US$ 125 por barril, nossa previsão de curto prazo para o petróleo Brent, como um teto suave para os preços, embora os preços possam subir ainda mais se as interrupções piorarem ou continuarem por um período mais longo”, disse o analista de commodities do UBS, Giovanni Staunovo.

Os Estados Unidos informaram no domingo que estão negociando com a Europa um bloqueio ao petróleo russo. A compra de petróleo e gás da Rússia não foi alvo das sanções iniciais justamente pelas consequências que tal medida teria nos preços internacionais. A Rússia responde por cerca de 8% do fornecimento mundial de petróleo.

Nesta segunda, alguns governos da União Europeia se mostraram divididos sobre a proposta. Os ministros europeus estão discutindo a ampliação das sanções para incluir restrições às importações de petróleo e produtos derivados. Mas as divisões já começaram a aparecer, incluindo aí a Alemanha, com alguns países contrários à adoção de uma medida tão brusca.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, descartou, por ora, as restrições, afirmando que as importações russas eram de “fundamental importância” para a economia europeia.

“Atualmente, o fornecimento de energia da Europa para calefação, transporte, eletricidade e a indústria não podem ser asseguradas de outra maneira”, disse Scholz em Berlim acrescentando que não se pode mudar o fornecimento russo “da noite para o dia”.

A UE importa da Rússia cerca de 40% do gás que consome.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, adotou a mesma postura durante uma visita a Londres, reconhecendo “que a dolorosa realidade é que ainda somos muito dependentes do gás e do petróleo russo”.

O premiê britânico, Boris Johnson, acrescentou, por sua vez, que “temos que agir passo a passo. Devemos assegurar que vamos dispor de um fornecimento substituto”.

Um relatório do Goldman Sachs afirma que sanção dos EUA sobre o petróleo russo teria um impacto mínimo, já que o país importa cerca de 400 mil barris diários da Rússia atualmente. Já a dependência da Europa das importações chega a 4,3 milhões de barris diários, sendo que 800 mil chegam à região via dutos.

Na Europa, os preços de referência do gás saltaram 79%, para 345 euros por megawatt-hora. A Rússia é responsável por 40% das importações de gás europeu.

No caso do petróleo, contratos de curto prazo de opções de compra, que não são os mais negociados e por isso não são a principal referência, já apontam para o barril do tipo brent cotado a até US$ 200 antes do fim de março.

O euro ampliou sua queda, atingindo a paridade em relação ao franco suíço, e commodities de todos os tipos estavam em alta.

Bolsas caem nos EUA e na Europa

As bolsas americanas fecharam com quedas. O índice Dow Jones cedeu 2,37% e o S&P, 2,95%. Em Nasdaq, ocorreu baixa de 3,62%.

Na Europa, as bolsas fecharam em baixa. Em Londres, o índice FTSE-100 cedeu 0,40%. Em Frankfurt, ocorreu queda de 1,98% e, em Paris, de 1,31%.

As Bolsas asiáticas encerram a segunda-feira com perdas expressivas devido às consequências do conflito na Ucrânia. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 2,94%, e registrou o menor nível desde novembro de 2020, enquanto Xangai perdeu 2,17% e Hong Kong teve um resultado ainda pior, com queda de 3,93%. As informações são da agência de notícias Reuters.

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