Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2022
Um dos drones transportava uma bomba.
Foto: Toninho Tavares/Agência BrasilNa semana passada, um drone voou cerca de 560 quilômetros para além da fronteira ocidental da Ucrânia antes de quebrar na Croácia, um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O drone transportava uma bomba, disseram as autoridades croatas, porém, ainda não é claro se pertencia às forças ucranianas ou russas. Outro drone entrou recentemente no espaço aéreo da Romênia, ao Sul da Ucrânia. E na terça-feira (15), os militares ucranianos disseram que abateram um equipamento russo que tinha reentrado na Ucrânia através do espaço aéreo polonês.
O trio de incidentes com drones aumentou as preocupações de que a guerra da Rússia na Ucrânia pudesse se alastrar aos países da Otan, mesmo que involuntariamente, forçando a aliança a decidir como responder – se é que isso acontece – a incidentes que ocorrem dentro das suas fronteiras.
Responsáveis pela defesa dos EUA disseram que os drones que entraram no território da Otan pareceram ser, em grande parte, inadvertidos.
Desde o início da invasão russa, os militares norte-americanos estabeleceram uma linha “livre de conflito” com a Rússia para reduzir o risco de erro de cálculo e garantir que os dois militares que operam tão perto um do outro não colidam inadvertidamente.
Os Estados Unidos testaram a linha “uma ou duas vezes por dia”, de acordo com um alto funcionário da defesa, mas até agora, não foi necessário.
A Otan tem tentado, sem sucesso, ligar-se à Rússia através de uma linha direta. “Estamos tentando comunicação, é claro”, disse um dos oficiais em uma reunião de informação na sede da Otan. “Mas são necessários dois [lados] para comunicar.”