Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de março de 2022
Ao todo, foram 45 votos favoráveis à perda do cargo e três contrários; sete não votaram.
Foto: DivulgaçãoA Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul decidiu, nesta terça-feira (22), pela cassação do mandato do deputado estadual Ruy Irigaray (União Brasil, mas eleito pelo PSL) por quebra de decoro. Ele respondia pelo suposto desvio de função de servidores do gabinete para obras na casa de sua sogra. Ao todo, foram 45 votos favoráveis à perda do cargo e três contrários; sete não votaram. Eram suficientes 28 votos para a cassação.
A cassação será formalizada nesta quarta-feira (23), com a publicação da decisão no Diário Oficial da Assembleia. Para o assento vago no Legislativo, será chamado o deputado suplente Rodrigo Lorenzoni (União Brasil), atualmente secretário de Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre.
Irigaray se defendeu, dizendo que o imóvel foi utilizado para “trabalho durante a pandemia”. “A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi induzida ao erro”, declarou. Disse que outras denúncias contra ele no Ministério Público, feitas pelo deputado federal Bibo Nunes (PL/RS), e no governo do Estado foram arquivadas. O parlamentar foi o segundo mais votado entre os 55 eleitos em 2018.
Há um mês, em 22 de fevereiro, por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia aprovou o relatório favorável à cassação.
Entenda o caso
As denúncias contra Irigaray apontam que o deputado utilizou funcionários comissionados do gabinete na Assembleia Legislativa, pagos com dinheiro público, para fins pessoais, como a reforma da casa da sogra. Segundo denúncia de ex-assessoras, o deputado usava a residência de 400 m², avaliada em R$ 2 milhões, como uma espécie de escritório político. A orientação da Assembleia é que os servidores comissionados trabalhassem de suas próprias casas.
O processo contra o deputado investigou as práticas de desvio de função, recebimento indevido de parte dos salários dos seus funcionários e disseminação de notícias falsas através do gabinete do investigado.
Das três acusações, somente a primeira foi confirmada no relatório produzido pela subcomissão processante da Comissão de Ética.
Como votaram os deputados
Por ordem alfabética:
Favoráveis à cassação (45):
Contrários à cassação (3):
Não votaram (7):
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