Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de março de 2022
Saldo negativo em fevereiro de 2015 foi de R$ 11,1 bilhões
Foto: Marcos Santos/USP ImagensA Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (30) que as contas do governo federal registraram déficit primário de R$ 20,6 bilhões em fevereiro.
O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo (não são considerados os gastos com o pagamento de juros da dívida pública). Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.
Segundo o governo, o déficit registrado em fevereiro é o menor para o mês desde 2015, quando foi registrado resultado negativo de R$ 11,1 bilhões (valor corrigido pela inflação). No mesmo mês do ano passado, as contas do governo registraram rombo de R$ 23,6 bilhões (atualizado pela inflação).
O resultado das contas do governo foi favorecido pela boa arrecadação de tributos, que somou R$ 148,7 bilhões no mês passado, novo recorde para este mês desde o início da série histórica do órgão, em 1995, ou seja, em quase 30 anos.
Parcial do ano e meta fiscal
Ainda segundo o Tesouro Nacional, no acumulado dos dois primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram superávit primário de R$ 56 bilhões. Esse foi o maior resultado para este período desde o início da série histórica, em 1997. Até então, o maior saldo positivo para o primeiro bimestre de um ano havia sido registrado em 2012 (+R$ 47,2 bilhões).
“Esse cenário mais favorável para as contas públicas ampara a melhora recente nas condições financeiras do país, num momento de grandes incertezas no ambiente geopolítico”, avaliou o Tesouro Nacional.
Segundo o órgão, é necessário o “prosseguimento do trabalho de consolidação fiscal em curso, centrado no respeito ao teto de gastos, na medida em que a dívida pública brasileira ainda se encontra em patamar elevado”.
No mesmo período do ano passado, foi registrado resultado negativo de R$ 24,9 bilhões (valor corrigido pela inflação). Para o ano de 2022, o governo está autorizado a registrar déficit primário de até R$ 170,5 bilhões, conforme a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).