Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de abril de 2022
Bolsonaro participou do evento de lançamento da Marcha para Jesus em Cuiabá
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilO presidente Jair Bolsonaro afirmou que se sente um “presidiário sem tornozeleira eletrônica” à frente do Executivo federal. Segundo ele, apesar dos benefícios da sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, em Brasília, “o silêncio e a solidão são ensurdecedores”.
Bolsonaro deu as declarações no evento de lançamento da Marcha para Jesus, em Cuiabá (MT), na terça-feira (19). “Agradeço a Deus pela minha vida e pela missão de estar à frente do Executivo federal. E se essa for a vontade Dele, nós continuaremos nesse objetivo, que não é fácil. Por melhor que seja a residência onde esteja, o Palácio da Alvorada, com tudo o que se possa imaginar, o silêncio, a solidão é ensurdecedora. Muitas vezes me sinto ali um presidiário sem tornozeleira eletrônica. Mas sei que estou colaborando com o meu País, tendo boas pessoas ao meu lado”, afirmou o presidente.
Antes, ao desembarcar em Cuibá, Bolsonaro falou com apoiadores e desfilou pelas ruas da cidade em carro aberto. Alguns fizeram uma “motociata” enquanto seguiram o comboio presidencial, e outros esperaram a passagem do presidente nas calçadas.
Sem dar detalhes, Bolsonaro também afirmou que algumas escolhas podem “nos marcar por décadas” e que era preciso pensar “nessa grande escolha que faz periodicamente”.
“Nós sofremos ou nos alegramos das escolhas que cada um faz. E essas escolhas podem nos marcar, não por pouco tempo, podem nos marcar por décadas. E todo mundo deve pensar nessa grande escolha que faz periodicamente”, declarou.
Forças Armadas
Também na terça, Bolsonaro afirmou que as Forças Armadas são garantidoras do “regime [político] no qual o povo [brasileiro] quer viver”. Ao participar, em Brasília, da cerimônia de comemoração dos 374 anos do Exército, Bolsonaro voltou a elogiar o papel que militares desempenharam em momentos conturbados da vida política nacional.
“Em todos os momentos difíceis que nossa nação atravessou, as Forças Armadas, o nosso Exército, sempre estiveram presentes. Assim foi em [19]22, [19]35, [19]64 e também em 1986, com a transição [do regime militar (1964-1985) para o período democrático]”, disse o presidente, acrescentando que o processo de redemocratização foi feito “com os militares, e não contra” estes.