Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 25 de abril de 2022
O secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, disse nesta segunda-feira (25) que aproximadamente 15 mil militares russos foram mortos na Ucrânia desde o início da invasão, de acordo com avaliações britânicas.
Wallace disse à Câmara dos Comuns que mais de dois mil veículos blindados russos, incluindo mais de 500 tanques, foram destruídos na guerra, juntamente com 60 helicópteros e caças.
Os números oficiais de baixas da Rússia, no entanto, são muito menores do que a estimativa do Reino Unido.
Os últimos números divulgados pelo Ministério da Defesa russo em 25 de março listavam 1.351 de seus militares mortos na Ucrânia e 3.825 feridos.
Wallace também disse aos legisladores que a Grã-Bretanha fornecerá à Ucrânia um “pequeno número” de veículos blindados Stormer equipados com lançadores de mísseis antiaéreos.
Os “veículos Stormer darão às forças ucranianas capacidades antiaéreas de curto alcance aprimoradas, tanto de dia quanto de noite”, disse ele.
Novos ataques
Pelo menos cinco pessoas morreram e 18 ficaram feridas nesta segunda em um bombardeio russo em infraestruturas de transporte na região de Vinnytsia, no Centro-Oeste da Ucrânia, segundo informou a promotoria local.
“Devido ao bombardeio do inimigo, cinco pessoas foram mortas e 18 ficaram feridas”, disse a promotoria em um comunicado, especificando que o disparo de foguete atingiu “infraestruturas de transporte” perto das cidades de Khmerynka e Koziatyn.
Pouco antes, o diretor das ferrovias ucranianas, Oleksandre Kamyshin, havia dito no Telegram que “as tropas russas continuam destruindo sistematicamente a infraestrutura ferroviária”.
“Esta manhã, dentro de uma hora, cinco estações de trem no centro e oeste da Ucrânia foram atingidas por disparos”, disse ele. Não está claro, porém, se os alvos atingidos têm alguma relação com os que deixaram mortos em Vinnytsia.
Vinnytsia é um importante entroncamento ferroviário tanto dentro da Ucrânia quanto para conexões com o exterior. A maioria dos trens internacionais que atravessam o país passam por esta região.
Também nesta segunda, um outro míssil provocou um incêndio durante a manhã na estação de trem de Krasne, perto de Lviv, no Oeste da Ucrânia, segundo o governador regional, que disse ainda não ter informações sobre possíveis vítimas.
Os ataques ocorreram horas após os secretários americanos de Defesa, Loyd Austin, e de Estado, Antony Blinken, terem deixado Kiev depois de se reunirem com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A ofensiva também aparenta ser mais uma tentativa de degradar a rota de abastecimento militar de Kiev. As linhas ferroviárias, no entanto, também são cruciais para evacuar civis para outros países.
No início do mês, mais de 50 pessoas – muitas delas civis sendo evacuados, incluindo crianças – foram mortas em um ataque de míssil em uma estação ferroviária na cidade de Kramatorsk, no Leste da Ucrânia. A Rússia, no entanto, negou a autoria do ataque, dizendo que apenas a Ucrânia utiliza o míssil Tochka – que se acredita ter sido utilizado no ataque.
Sem se referir aos ataques às estações ferroviárias desta segunda, o Ministério da Defesa da Rússia disse que destruiu instalações de combustível e petróleo em Kremenchuk, uma cidade no Centro da Ucrânia, acrescentando que Moscou realizou ataques a vários alvos militares.