Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2022
O deputado federal Orlando Silva (PC do B) foi vítima de agressões verbais em um restaurante na Liberdade, região central de São Paulo, na noite de segunda-feira (2), segundo denúncia feita pelo político nas redes sociais.
Um homem teria se levantado da mesa para ofender Orlando e outras pessoas que estavam com ele por conta de seu posicionamento político. Depois, o agressor teria empurrado uma mulher que estava no grupo e tentado buscar uma cadeira para agredir outra pessoa.
“De repente, o sujeito se levanta e diz: ‘O que faz aqui? Aqui não é seu lugar!’ E rapidamente passa a fazer agressões verbais contra mim, contra minha atuação política, contra o que represento, e a falar que Bolsonaro iria nos destruir”, disse Silva, nas redes sociais.
De acordo com o relato, o homem foi expulso por funcionários do restaurante. Orlando Silva disse ainda que registrou um boletim de ocorrência e que pretende processar o agressor.
“Os funcionários do restaurante tentaram, sem sucesso, retirar o homem do local. Cada agressão verbal que o sujeito fazia era respondida à altura pelos camaradas (Bruna, Camila e Renan) que me acompanhavam, o que deixava ele ainda mais exaltado e violento. Quando ele rompeu a barreira feita pelos funcionários, as pessoas que estavam comigo se puseram de pé. Ele tudo fez para me tirar do sério, mas consegui manter a serenidade”, disse.
“Ao final, os funcionários do restaurante conseguiram retirar o sujeito do local. Essa postagem é uma denúncia e um pedido de ajuda na identificação desse sujeito! Registramos o BO e vamos processá-lo. Aguardamos que a polícia identifique o agressor o mais rápido possível”, completou.
Na denúncia, o deputado declarou ainda que sua posição na política, enquanto homem negro, incomoda.
“Sei que incomoda muito um homem negro que ocupa espaço de poder e faz combate sem trégua a Bolsonaro e ao bolsonarismo. Mas não vamos nos intimidar, não vamos recuar! Ao contrário! Vamos avançar com mais determinação na luta contra o fascismo”, disse, na publicação.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública disse que não localizou “registro de ocorrência com os dados informados”. A pasta disse ainda que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decredi) também não tem registro deste caso. As informações são do portal de notícias G1.