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Esporte Prefeitura de Buenos Aires proíbe racistas de Boca e River de entrarem em estádios

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Leandro Ponzo (direita) foi um dos punidos pela prefeitura nesta quarta.

Foto: Reprodução/Instagram Willian
Leandro Ponzo (direita) foi um dos punidos pela prefeitura nesta quarta. (Foto: Reprodução/Instagram Willian)

Os torcedores de River Plate e Boca Juniors, flagrados fazendo gestos racistas em partidas contra Fortaleza e Corinthians, respectivamente, pela Copa Libertadores, foram proibidos de entrarem em estádios de Buenos Aires por períodos determinados nesta quarta-feira (4). As informações são do Diário Olé.

Gustavo Sebastián Gómez, torcedor do River, foi proibido de entrar nos estádios da capital argentina por quatro meses, enquanto Leandro Ponzo, do Boca, terá de ficar dois anos longe dos campos portenhos.

As resoluções foram assinadas pela subsecretária de Segurança Cidadã e Ordem Pública, Elizabeth Caamaño, como autoridade competente e ambos os envolvidos serão incluídos na lista do direito de ingresso no programa Tribuna Segura, a cargo do Comitê de Segurança do Futebol.

No caso de Gómez, o pessoal da Delegacia de Investigações de Conduta Criminal da Polícia Municipal preparou um boletim de ocorrência “por discriminação, provocação e arremesso de coisas ou substâncias, no caso uma banana, em uma mensagem claramente discriminatória”.

A sanção faz parte da Lei 5.847 do Regime Integral de Eventos de Futebol da cidade de Buenos Aires, texto consolidado pela Lei 6.347, e se soma à penalidade inicial imposta pelo próprio clube de Núñez: 180 dias de suspensão como sócio do clube e obrigatoriedade de realizar curso de direitos humanos concedido pelo governo local.

O River anunciou ainda que estuda obrigar Gómez a pagar a multa de US$ 30 mil (cerca de R$ 147,7 mil) que o clube recebeu por sua atitude. Embora o clube tenha apelado da determinação da Comissão Disciplinar da Conmebol, deixaram claro que caso a sentença seja definitiva “será repetida a multa aplicada à pessoa identificada como responsável pelos gestos”.

Nesse sentido – e sem prejuízo do recurso – o clube apresentar-se-á como autor para processar o envolvido por danos e prejuízos a fim de recolher o valor da multa caso permaneça firme “para que o conduta de um torcedor não prejudica toda a instituição”.

Ponzo foi preso pela Polícia de São Paulo no dia 26 de abril durante o intervalo da partida na Neo Química Arena, por fazer gestos racistas e discriminatórios contra o público local (usou os braços para simular ser um macaco). Após passar a noite em uma delegacia, foi liberado após pagamento de fiança.

Segundo a polícia, Ponzo foi acusado do crime de difamação racial, seu caso ficará em aberto e ele está exposto a uma pena de um a três anos de prisão.

Diante dessa situação, a Prefeitura aplicou o artigo 6º da lei, que determina “estabelecer relações com todas as organizações provinciais, nacionais e/ou internacionais congêneres, mantendo um intercâmbio fluido de informações”.

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