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Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2015
Depois de participar da reunião de coordenação política do governo, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que há condições de o governo fechar o Orçamento de 2016 sem cortar 10 bilhões de reais do Bolsa Família, conforme propôs o relator da proposta no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
“O Bolsa Família é um programa consolidado e reconhecido mundialmente. Portanto, não é a melhor hipótese sofrer qualquer tipo de redução nas suas possibilidades financeiras”, afirmou o ministro à imprensa.
O projeto orçamentário para o próximo ano, entregue ao Congresso, tem estimativa de déficit (gastos maiores que receitas) de 30,5 bilhões de reais, o que representa 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Como uma das medidas para evitar o rombo, Barros tem afirmado que a equipe econômica poderia ter cortado mais despesas se tivesse incluído programas sociais no ajuste fiscal. Segundo ele, o governo não cortou mais por questões ideológicas.
“A posição do governo evidentemente é contrária porque acreditamos que esse é um dos programas que fundamenta a proteção social. E a partir de sua característica como um direito legal, não é possível simplesmente fechar a porta de entrada”, disse Berzoini.
O ministro afirmou que Barros expôs a ideia de corte no programa de maneira muito responsável e séria, mas que, por se tratar de um tema polêmico, deve ser avaliado de maneira mais refletida e fundamentada. (AG)