Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Diante da baixa taxa de dor causada pela hérnia de disco (entre 2% e 3%), é sugestivo analisar a queixa do paciente em relação à dor, localização, irradiação, fatores de alívio ou de piora, dentre outras características que possam demonstrar o estado e a intensidade dos sinais e sintomas.
Por ser uma queixa multifatorial, diversos fatores como levantamento de cargas com técnica ruim, postura incorreta, estruturas de sustentação frágeis, trauma severo, entre outros podem gerar traumas nos discos. O quadro clínico típico envolvendo esses traumas inclui dor e alteração da funcionalidade na região de vértebras e em membros inferiores. Dependendo da gravidade da hérnia, pode evoluir para uma lombociatalgia, conhecida, muitas vezes como dor ciática.
Existem três tipos de hérnia de disco: a protusão discal, mais comum em que o núcleo do disco fica mais largo (mas permanece intacto), podendo ter contato com regiões de sensibilidade e levando a dores ou incapacidade de movimentos; a extrusa quadro mais sério, no qual o núcleo do disco se deforma e se rompe, eliminando o líquido gelatinoso que o compõe, podendo comprimir raízes nervosas e fechar o canal por onde passam; e a sequestrada, situação de maior gravidade, pois a parede do disco se rompe e o líquido gelatinoso vaza para dentro do canal medular, causando inflamações e uma compressão contínua.
O tratamento conservador é a primeira melhor opção diante de um quadro leve sem comprometimento da funcionalidade. O tratamento cirúrgico é de exceção e reservado apenas para os casos de insucesso do tratamento conservador, déficit neurológico progressivo ou síndrome da cauda equina.
Além de dor localizada na coluna lombar, pode irradiar-se para glúteos, coxas e joelhos. Inicialmente, de forma aguda e piorando com o esforço físico, se tornando muitas vezes um problema crônico. Um dos fatores determinantes é a menor estabilidade da região pela necessidade corporal de maior movimentação nesses locais vertebrais.
A constatação de um diagnóstico depende dos sinais e sintomas, do exame físico, do conhecimento da desconformidade, dos mecanismos de lesão, da sensibilidade da palpação do examinador e da capacidade de realizar os testes corretamente. Portanto, a utilização de um conjunto de testes proporciona melhor eficácia no diagnóstico. O exame neurológico é muito importante para analisar se a dor lombar vem associada com radiculopatia.
É possível tratar a hérnia de disco seguindo as recomendações do profissional da saúde, com o uso correto de medicamentos, aderindo a terapias e praticando atividades físicas supervisionadas. O importante é sempre evitar um esforço além do limite do paciente.
Alguns exercícios podem ser feitos para ajudar a aliviar os sintomas. Segue alguns deles:
1. Em pé, estique seus braços acima da cabeça, entrelace os dedos, imagine que tem uma linha te puxando para cima, permaneça nessa posição por pelo menos 30 segundos.
2. Em seguida, desça os braços até alcançar as pontas dos dedos dos pés, ficando na posição pelo menos 30 segundos.
3. Na posição deitada, dobre seus joelhos e lentamente abrace suas pernas levando em direção ao peito. Fique na posição também por 30 segundos.
Profissionais como o Osteopata, Fisioterapeuta, Medico e o Educador Físico estão aptos para realizar o diagnostico diferencial e direcionar o tratamento, realizando-o multidisciplinarmente. Portanto, o reconhecimento precoce dessa associação permite um tratamento direcionado e diminui as incapacidades.
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Filipe Guerrero Gracia – Osteopata DO MRO Br
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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