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Mundo Saiba por que Elon Musk está interessado no Brasil

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País tem áreas que podem ser estratégicas para negócios do bilionário, como a base de Alcântara para lançamento de foguetes. (Foto: Divulgação)

Em visita ao Brasil nesta sexta-feira (20), o bilionário Elon Musk, cujo patrimônio beira os US$ 250 bilhões, prometeu conectar 19 mil escolas em áreas rurais por meio da Starlink, serviço de internet via satélite.

Esse, porém, está longe de ser a única área de interesse do bilionário. O portfólio de companhias dele é vasto: além da Starlink, ele tem uma montadora de carros (Tesla), uma empresa de exploração espacial (SpaceX) e até projetos de trens de alta velocidade.

Tudo isso torna o Brasil um parceiro estratégico não apenas como mercado consumidor, mas também como fornecedor de materiais e prestador de serviços. Veja alguns motivos para Musk estar “atento” ao Brasil.

Internet

Levar internet para regiões desconectadas é um projeto antigo de Musk e talvez um dos mais famosos quando se fala em Brasil. Não à toa, “conectar a Amazônia” foi o motivo divulgado publicamente para a visita de Musk ao Brasil nesta sexta. O bilionário foi ao Twitter afirmar que cerca de 19 mil escolas em áreas rurais terão conectividade à banda larga por meio da Starlink.

A Starlink, braço da companhia de exploração espacial SpaceX, é especializada em colocar satélites em baixa órbita, de cerca de 500 km a 2 mil km de altitude. Por meio deles, a companhia vende conexão de internet, o que permite “conectar” florestas e desertos — o modelo torna-se atraente para esse tipo de região, já que o cabeamento de fibra das operadoras de telefonia, visto nas grandes cidades, não costuma chegar a lugares remotos devido ao alto custo de infraestrutura. A promessa de Musk é colocar 42 mil desses satélites em órbita.

Em janeiro passado, a Starlink recebeu aprovação da Anatel para operar no Brasil até 2027. Os preços do serviço variam, a depender do modelo: a assinatura mensal sai por US$ 110, enquanto o kit (com antena, roteador e cabos) é vendido por US$ 600 (cerca de R$ 3 mil). A promessa é de até 500 Mb/s de velocidade.

Tesla

Quando se trata de indústria automobilística, o Brasil é um dos maiores mercados do mundo e está entre os dez maiores produtores, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ainda assim, a Tesla, a montadora mais valiosa do mundo, não tem escritórios por aqui.

Entusiastas da marca, por exemplo, importam os veículos e arcam com custos de manutenção que totalizam US$ 1,2 milhão — apenas para ter os carros elétricos da companhia de Musk.

Para o bilionário, trazer a Tesla para o Brasil pode abrir não só um novo mercado (e facilitar negócios com outros países da América Latina), mas também impulsionar a infraestrutura de carros elétricos no País. Isso porque é preciso ter potentes carregadores de veículos elétricos em estacionamentos de casas, prédios e outros locais (como shoppings).

Além disso, assim como fazem outras montadoras, também pode ser erguida uma fábrica local — atualmente, a Tesla possui fábricas apenas na China, Alemanha e Estados Unidos. Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou interesse em abrir uma fábrica da montadora no Brasil, mas o assunto não foi retomado.

Base de Alcântara

Um dos locais de maior atratividade no Brasil para Musk é o Centro de Lançamento de foguetes de Alcântara (CLA), no Maranhão. A região, que fica próximo da linha do Equador, é um dos campos de decolagem mais visados entre empresas e agências do setor aeroespacial. As condições favoráveis, que incluem a trajetória de lançamento e a distância da órbita terrestre, resultam em economia de combustível.

Os foguetes lançados de lá entram em órbita mais rapidamente, por conta da maior velocidade de rotação da Terra em pontos mais próximos à linha do Equador. Para a SpaceX, uma futura parceria poderia ser vantajosa. Até o momento, a empresa conta com uma base no Texas e um local de lançamento na Flórida, utilizado em parceria com a Nasa.

Ao comentar a visita de Musk ao País, um oficial do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial disse acreditar que o interesse no Brasil está conectado à base de Alcântara. Ele afirmou ainda que o interesse de Musk é bem-vindo, desde que não inclua construir uma base própria da SpaceX nos arredores de Alcântara.

O governo Bolsonaro já sinalizou a autorização para que empresas privadas do mundo inteiro possam utilizar a base. Em 2019, durante visita aos EUA, o presidente Jair Bolsonaro firmou um acordo com o então líder americano, Donald Trump, para que se pudesse fazer uso comercial do centro. Na época, o acordo poderia render uma economia de cerca de US$ 260 bilhões por ano para o governo americano.

Para o Brasil, porém, os ganhos nunca foram divulgados, mas estima-se que o aluguel por missão na base de Alcântara possa passar dos R$ 150 milhões. Atualmente, empresas como Virgin Orbit, C6 Launch, Hyperion e Orion Ast possuem contrato com o governo brasileiro para utilizar a base.

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