Domingo, 02 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2015
Antes de se entrar completamente na história de ‘‘Os 33’’, é preciso relevar a escolha de se fazer um filme que desperta o nacionalismo chileno, porém é praticamente todo falado em inglês. Foi claramente uma decisão de mercado, tomada para atrair um público maior ao redor do mundo e agradar aos produtores americanos – mas que não deixa de soar bastante estranha para um fato tão recente e tão associado a um país.
O idioma, contudo, não foi a única concessão feita pela diretora mexicana Patricia Riggen ao cinema hollywoodiano. O longa narra a história dos 33 homens que, em 2010, passaram 70 dias presos dentro de uma mina chilena que desabou. O caso foi acompanhado de perto em todos os cantos, daquele jeito quase sádico que as pessoas (os jornalistas, sobretudo) têm em prestar atenção nas desgraças alheias.
Em ‘‘Os 33’’, essa desgraça toda se transforma em dois tipos de heroísmo: debaixo da terra, os mineiros conseguem se organizar razoavelmente para se manter vivos; enquanto que, na superfície, parentes, políticos e engenheiros lutam para resgatar seus compatriotas a tempo. Cada um dos muitos heróis de ‘‘Os 33’’ tem uma subtrama, uma tragédia particular que deve ser superada antes do final feliz. Como num novelão mexicano. Ou chileno. Ou americano.
Também do jeito que Hollywood gosta, o filme reúne um elenco internacional de estrelas, de Antonio Banderas a Juliette Binoche, de Gabriel Byrne a Lou Diamond Phillips. O brasileiro Rodrigo Santoro é um dos que participam da produção, com o papel do ministro que comanda o resgate, um personagem de destaque que o ator conduz muito bem, dando a ele uma leve insegurança que naturalmente combina com a situação. (André Miranda/AG)
Confira trailer do filme:
Confira galeria de fotos do filme: