Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de junho de 2022
Para 87% dos brasileiros entrevistados, não há consequências negativas quando se valoriza a ciência e a produção científica.
Foto: ReproduçãoO estudo realizado pela multinacional 3M com 17 mil pessoas de 17 países das Américas, Europa, Ásia e Oceania, mostra que se tem um lugar no mundo onde credibilidade dos cientistas está em alta, é no Brasil. Batizada de State of Science Index (Índice do Estado da Ciência), o levantamento traz que, por aqui, 92% dos entrevistados brasileiros confiam na ciência e 90% nos cientistas, enquanto a média nos demais países é de 86%.
Para 87% dos brasileiros entrevistados, não há consequências negativas quando se valoriza a ciência e a produção científica. Pelo contrário: 71% dos entrevistados disseram que, se as pessoas não puderem confiar nas notícias sobre ciência, haverá mais crises de saúde pública. Outros 59% disseram que haverá mais divisão na sociedade e 56% apontaram o aumento na gravidade dos efeitos das mudanças climáticas.
“Os dados do Brasil nesta edição da SOSI apontam que 92% confiam na ciência, independentemente da classe social, idade, gênero e conhecimento técnico prévio, algo que nos surpreendeu positivamente. Isso nos mostra que os brasileiros perceberam que o trabalho dos cientistas impacta positivamente no nosso dia a dia, e esperamos seguir contribuindo para esta percepção”, diz Paulo Gandolfi, diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento da 3M e responsável pela pesquisa na América Latina. No Brasil, 1 mil pessoas com mais de 18 anos participaram da pesquisa, que foi realizada online e presencialmente entre os meses de setembro e dezembro de 2021.
Orçamento
Mesmo os brasileiros acreditarem na ciência, os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações e da Educação foram os mais impactados contingenciados no Orçamento de 2022. Os números do bloqueio constam no detalhamento do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do segundo bimestre, divulgado no fim de maio, e reiterado pelo Ministério da Economia na segunda-feira (6).
Para minimizar o volume do contingenciamento, o governo federal decidiu bloquear os R$ 1,7 bilhão que o presidente da República, Jair Bolsonaro, pretendia destinar para reajustes salariais de servidores públicos federais. Inicialmente, o aumento era defendido apenas à área da segurança pública (Agentes Penitenciários, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal). Outras categorias se rebelaram, iniciaram uma série de protestos e frustraram os planos do chefe do Executivo.