Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2022
De acordo com a empresa, a ideia é que dê para pesquisar o filme, escolher o horário da sessão e depois finalizar a compra.
Foto: ReproduçãoO Google anunciou a chegada ao Brasil do Duplex, uma ferramenta que imita seres humanos para fazer ligações automáticas por telefone e que foi lançada em 2018.
O Duplex está sendo usado no Brasil para fazer ligações para empresas e confirmar dados como o horário de funcionamento desses locais para atualização nas buscas, por exemplo. Segundo o Google, cerca de 200 ligações diárias são feitas no momento.
O Google disse ainda que está testando o Duplex para ser usado na compra de ingressos de cinema de uma bilheteria com a qual a empresa fechou parceria, a ingresso.com.
De acordo com a empresa, a ideia é que dê para pesquisar o filme, escolher o horário da sessão e depois finalizar a compra usando comandos de voz.
A ferramenta também será usada no contexto das eleições de 2022, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os usuários poderão usar comandos de voz no Google Assistente para verificar o local de votação, mas a empresa ainda não explicou como isso funcionará.
Inteligência Artificial
Um importante engenheiro de software do Google foi afastado pela empresa norte-americana após suas declarações controversas sobre um sistema de conversas inteligente da empresa virem à tona.
Blake Lemoine alega que a ferramenta de inteligência artificial LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo, na sigla em inglês), que ainda não foi lançada publicamente, teria alma e consciência.
O funcionário foi afastado na última segunda-feira (6). Ele está em uma licença remunerada.
As informações foram primeiramente divulgadas pelo jornal “Washington Post”, que entrevistou o funcionário.
Lemoine afirma que o chatbot, espécie de ferramenta computacional que tenta simular o comportamento humano em conversas, teria ganhado consciência ao perceber que a Inteligência Artificial (IA) começou a falar sobre seus direitos e sua personalidade.
Lemoine, que inicialmente estava trabalhando para entender como a Inteligência Artificial usava discurso discriminatório ou de ódio, apontou que a conclusão sobre a senciência da LaMDA veio somente após uma série de experimentos que mostraram que a ferramenta teria consciência de suas próprias necessidades.
Apesar disso, o Google nega veementemente que seus sistemas de conversação possam ter consciência. A empresa alega que as supostas provas do engenheiro não são de fato conclusivas.
“Nossa equipe – incluindo especialistas em ética e tecnólogos – revisou as preocupações de Blake de acordo com os princípios do Responsible AI [organização do Google dedicada ao tema da IA] e informou a ele que as evidências não apoiam suas alegações”, disse Brian Gabriel, porta-voz do Google, em um comunicado.
Ao jornal “The New York Times”, o Google também disse que centenas de seus pesquisadores e engenheiros conversaram com a LaMDA e chegaram a uma conclusão diferente da de Lemoine.