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Mundo Primeiro-ministro britânico diz que vitória da Rússia na Ucrânia seria “catastrófica”

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Primeiro-ministro do Reino Unido elogiou esforço do presidente de Joe Biden para tentar unir países do Ocidente

Foto: Reprodução
Primeiro-ministro do Reino Unido elogiou esforço do presidente de Joe Biden para tentar unir países do Ocidente. (Foto: Reprodução)

Permitir que o presidente russo Vladimir Putin tenha sucesso em sua invasão da Ucrânia teria consequências “absolutamente catastróficas” para o mundo, alertou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson em entrevista neste domingo (26).

Falando com o âncora Jake Tapper no programa “Estado da União” horas depois que mísseis russos atingiram Kiev, destruindo o que havia sido uma relativa calma na capital ucraniana, Johnson pediu aos americanos, britânicos e outros no Ocidente que mantenham a determinação em punir Moscou, apesar do efeito que a guerra teve nos preços globais do petróleo.

“Eu apenas diria às pessoas nos Estados Unidos que isso é algo que a América historicamente faz e tem que fazer, que é intensificar a paz, a liberdade e a democracia”, disse Johnson.

“E se deixarmos Putin escapar impune e apenas anexar, conquistar partes consideráveis ​​de um país livre, independente e soberano, que é o que ele está prestes a fazer… então as consequências para o mundo são absolutamente catastróficas”.

Johnson está se juntando a outros líderes do G7 nos Alpes da Baviera, na Alemanha, nesta semana para conversas centradas no conflito na Ucrânia, que se tornou um conflito de desgaste ao entrar em seu quinto mês.

Os líderes devem discutir novos métodos de punir Moscou, incluindo a proibição de novas importações de ouro da Rússia que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no domingo.

Mas paira sobre a cúpula a dúvida se o Ocidente pode manter sua determinação de punir Putin em meio à disparada dos preços da energia – e à reação política que o pico causou aos líderes em casa.

Johnson, que viajou a Kiev duas vezes para se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, disse que permitir o sucesso da Rússia em sua invasão abriria um precedente perigoso.

“Você pode ver as consequências, as lições que serão tiradas”, afirmou ele. “Isso é o que acaba sendo desastroso, não apenas para a democracia e para a independência dos países, mas para a estabilidade econômica”.

Os custos para as nações ocidentais de defender a Ucrânia – incluindo os bilhões de dólares em assistência de segurança fornecida pelos Estados Unidos – são “um preço que vale a pena pagar pela democracia e pela liberdade”, disse Johnson.

A cúpula do G7 forneceu uma espécie de refúgio para Johnson, que enfrenta sérios ventos políticos contrários no Reino Unido. As consequências do escândalo “Partygate” – no qual eventos que furaram lockdowns durante a pandemia foram realizados em Downing Street – continuam a reverberar, e as perguntas sobre a liderança de Johnson só se intensificaram, mesmo quando ele disse que está interessado em buscar um terceiro mandato.

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