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Brasil Gilberto Chateaubriand, o maior colecionador de arte do Brasil, morre aos 97 anos

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A maior parte da coleção de Chateaubriand foi cedida em comodato para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro a partir de 1993.

Foto: Vicente de Mello/Divulgação
A maior parte da coleção de Chateaubriand foi cedida em comodato para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro a partir de 1993. (Foto: Vicente de Mello/Divulgação)

Gilberto Chateaubriand, um dos maiores colecionadores de arte do País, morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (14), em Porto Ferreira (SP). Filho do jornalista e magnata da comunicação Assis Chateaubriand, Gilberto era dono da maior coleção de arte brasileira, com cerca de 8 mil obras.

Chateaubriand morreu de causas naturais enquanto dormia, na fazenda Rio Corrente, a 227 km da capital paulista. Uma neta dele estava no local.

O corpo será transferido para o Rio de Janeiro, onde será enterrado no cemitério São João Batista, no Botafogo. Gilberto, que era diplomata e empresário, nasceu em Paris, na França, em 1925.

Ele foi membro do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), da Fundação Cartier para Arte Contemporânea (França), da comissão administrativa da Fundação Bienal de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), do conselho do Paço Imperial, do MAM-RJ e do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

A maior parte da coleção de Chateaubriand foi cedida em comodato para o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro a partir de 1993 e tornou-se acessível permanentemente ao público, sendo mostrada com regularidade também em outras instituições do Brasil e do exterior.

O acervo tem obras de nomes importantes das artes plásticas, como Lasar Segall, Guignard, Candido Portinari, Iberê Camargo, Lygia Pape, Lygia Clark e Hélio Oiticica.

Entre as obras estão o “Urutu” (1928), de Tarsila do Amaral, e telas como “O farol” e “A japonesa”, de Anita Malfatti.

O MAM Rio lamentou a morte do colecionador e lembrou que abriga parte da coleção, considerada uma das mais importantes do país de arte brasileira moderna.

Fazenda e Espaço Cultural

Chateuabriand cultivava soja e cana na fazenda de Porto Ferreira, onde vivia há mais de 40 anos. Ele passava a maior parte do tempo no local na companhia dos cachorros. A propriedade também guarda uma pequena parte de seu acervo. Ele tinha um apartamento no Leblon, no Rio.

Em 2013, a Prefeitura de Porto Ferreira inaugurou o Espaço Cultural Gilberto Chateaubriand Bandeira de Mello, que abriga a obra de arte “Pindorama Lounge”, do artista carioca Bob N. A obra é uma releitura de quatro obras do “modernismo brasileiro”.

Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, filho de Gilberto Chateaubriand, está finalizando a construção de um instituto cultural batizado com o nome do pai e que ficará localizada na Fazenda Rio Corrente.

A nova instituição terá pelo menos 630 quadros e esculturas, sendo 500 de artistas contemporâneos, hoje no MAM, e mais 130 de pintores do século XX.

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https://www.osul.com.br/gilberto-chateaubriand-o-maior-colecionador-de-arte-do-brasil-morre-aos-97-anos/ Gilberto Chateaubriand, o maior colecionador de arte do Brasil, morre aos 97 anos 2022-07-14
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