Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2022
Fux (E) teve reunião com ministro Edson Fachin (D) e repudiou tentativa de colocar urnas em xeque perante embaixadores.
Foto: ReproduçãoApós o presidente Jair Bolsonaro (PL) atacar o sistema eleitoral e ministros de tribunais superiores na reunião com embaixadores, realizada na segunda-feira (18) no Palácio da Alvorada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, se reuniu por videoconferência no início da tarde desta terça-feira (19) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, um dos principais alvos do chefe do Executivo.
No encontro, Fux repudiou a mais recente investida de Bolsonaro e a tentativa de colocar em xeque as urnas eletrônicas. O ministro aproveitou para reafirmar a confiança no sistema eleitoral brasileiro.
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do STF, os dois magistrados conversaram sobre os recentes ataques do presidente da República. Também segundo o comunicado, Fux reiterou a Fachin “confiança total na higidez do processo eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE”.
“Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas”, diz o texto.
Acusações infundadas
Nesta segunda-feira, em reunião com cerca de 70 embaixadores e outros representantes diplomáticos de dezenas de país, o presidente fez uma apresentação em que voltou a levantar suspeitas, sem provas, contra o processo eleitoral. Mais uma vez, ele reiterou acusações infundadas sobre a segurança e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, além de criticar o STF e o TSE.
Em evento no Paraná logo depois, o Fachin rebateu os ataques. Em um duro discurso, sem citar nomes, ele pediu um “basta à desinformação e ao populismo autoritário”.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD), e presidenciáveis também condenaram as declarações de Bolsonaro a embaixadores.