Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2022
O governo de Draghi reunia os principais partidos italianos de esquerda e direita
Foto: Reprodução/TwitterO primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, renunciou nesta quinta-feira (21), um dia depois de ter sido abandonado por partidos da coalizão de unidade nacional que comandava havia 17 meses.
Afetada pela ameaça de recessão que ronda a Europa, a Itália agora se vê diante de uma crise política que deve culminar em eleições antecipadas. O tecnocrata e ex-presidente do Banco Central Europeu anunciou a sua decisão ao presidente Sergio Mattarella em uma reunião na manhã desta quinta, de acordo com um comunicado emitido pelo Palácio do Quirinal, sede da Presidência da República.
O presidente disse ter “tomado nota” do pedido, mas fez um apelo para que Draghi continue a tocar o governo até que haja alguém para substituí-lo. Os próximos passos serão definidos entre Mattarella e os chefes do Legislativo. Há duas opções: dissolver o Parlamento e anunciar eleições antecipadas ou nomear um governo provisório para comandar o país até o fim da atual legislatura, no meio do ano que vem.
O presidente já indicou não ter planos de nomear um líder provisório, e as novas eleições parecem praticamente garantidas. A imprensa italiana especula como possíveis datas 18 ou 25 de setembro, além de 2 de outubro.
Pouco antes de se reunir com Mattarella, Draghi já havia anunciado a sua decisão em uma sessão na Câmara dos Deputados que debateria o mesmo voto de confiança pautado na véspera no Senado. Emocionado, ele disse ao plenário: “Como vocês veem, às vezes o coração de um banqueiro também é usado”.
O governo de Draghi reunia os principais partidos italianos de esquerda e direita, com exceção do ultradireitista Irmãos da Itália.